Ministro da Educação garante que todos os contratos do Fies serão renovados
Segundo o MEC, 296 mil alunos ainda não regularizaram a situação. Prazo termina no dia 30 de abril, mas ministro admite estendê-lo
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, garantiu nesta quinta-feira que todos os contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) serão renovados e informou que o prazo pode ser prorrogado caso necessário. A afirmação foi feita durante uma entrevista no programa Bom Dia, Ministro, da rádio EBC. A princípio, o prazo estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) termina no dia 30 de abril.
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“Por enquanto, está viável a data de 30 de abril para encerrarmos as renovações do Fies, mas se houver qualquer problema maior, podemos ampliar o prazo porque nossa prioridade é o estudante. Não queremos que ele tenha nenhum tipo de sofrimento ou problema com isso”, disse o ministro. De acordo com MEC, até esta quarta-feira, o Fies renovou 84% dos 1,9 milhão de contratos vigentes. Foram firmados 242 mil novos contratos e 296 mil alunos ainda não regularizaram a situação.
Sobre dificuldades relatadas por estudantes que não conseguiram renovar o contrato por problemas no sistema do MEC, Ribeiro ressaltou que a pasta está trabalhando para assegurar que ele funcione. “Pedimos que o aluno não fique tentando insistentemente o tempo todo renovar os contratos pelo site, que dê uma pausa entre uma tentativa e outra porque, se sobrecarrega o sistema, pode haver problemas”, disse o ministro.
Em dezembro do ano passado, o MEC anunciou mudanças nas regras do Fies e suspendeu o sistema de cadastro e renovação de contratos do programa. Desde que voltou a funcionar, estudantes passaram a relatar dificuldades para inscrição no programa. Antes, a adesão podia ser feita durante todo o ano e não havia exigência de nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Agora, o estudante que obtiver média inferior a 450 pontos no Enem não poderá se inscrever no Fies. O candidato também não pode zerar a prova de redação.
Em março, a presidente Dilma Rousseff reconheceu que o governo federal falhou no programa do Ministério da Educação. “Deixamos as matrículas nas mãos do setor privado. Não foi culpa do setor privado, foi nossa. Voltamos atrás e estamos corrigindo o problema”, afirmou a presidente.
(Com Agência Brasil)