Para Haddad, falha no caderno de exame é só ‘detalhe’

Ministro da Educação fala à Comissão de Educação do Senado sobre os erros no Exame Nacional do Ensino Médio. Segundo ele, reaplicação não é inédita

Por Gabriel Castro
16 nov 2010, 10h59

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que a necessidade de reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a parte dos inscritos não é inédita e nem tira a credibilidade da prova: “Aconteceu no ano passado, não por falha humana, mas por um evento da natureza. Uma enchente evitou que os alunos do Espírito Santo fizessem a prova, que foi realizada com toda a tranquilidade depois”, lembrou.

No caso citado pelo ministro, o imprevisto atingiu duas cidades do estado. Fernando Haddad também classificou de “detalhes” as falhas com o caderno de questões do exame: “Se nós não entendermos que o Enem é para democratizar o acesso, que ele é moderno e necessário, vamos ficar presos aos detalhes do processo que podem ser superados e vamos perder a essência do projeto”, defendeu.

O ministro disse ainda que a nova prova será marcada ainda nesta semana. As declarações foram dadas na chegada de Haddad à Comissão de Educação do Senado, onde ele é ouvido neste momento. Ele foi convidado por um requerimento da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS). Nesta quarta-feira, ele participa de audiência semelhante na Câmara dos Deputados.

A expectativa é de que pelo menos 2.000 alunos precisem fazer uma nova prova. No exame realizado há cerca de 10 dias, algumas folhas de resposta foram impressas de forma errada, com questões invertidas. Depois da constatação do equívoco, a Justiça Federal no Ceará chegou a suspender o Enem. A decisão foi posteriormente derrubada pela Justiça Federal em Pernambuco.