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Greve das federais prejudica atendimento em 16 hospitais universitários

Paralisação atinge 95% das instituições federais de nível superior. Consultas, exames e cirurgias foram suspensos nas unidades

Por Da Redação
29 jun 2012, 09h15

A greve de professores e técnicos das universidades federais, que entrou no 43º dia, deixou de ser um problema exclusivo da educação e passou a afetar também a saúde. A paralisação atinge 95% das instituições federais e, por isso, ao menos 16 hospitais públicos vinculados a elas suspenderam parte do atendimento. São atendidos somente casos de urgência, mas consultas e cirurgias eletivas foram suspensos por tempo indeterminado.

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O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, informou que a greve atingiu principalmente a área de exames de diagnóstico. Desde segunda-feira, a unidade suspendeu todas as consultas ambulatoriais agendadas – assim, 1.300 pacientes deixaram de ser atendidos diariamente.

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O Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) também está com o atendimento reduzido: só funcionam as UTIs, os serviços de urgência e emergência. Helena Vaghetti, diretora-geral do hospital, diz que o atendimento ambulatorial está sendo feito parcialmente – 40% das consultas foram canceladas e são priorizados os casos graves. Cirurgias eletivas também estão suspensas.

A situação no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (UFS) também é preocupante. Segundo Ângela Maria da Silva, diretora-geral, o hospital está funcionando com apenas 30% da capacidade. “A greve nos afetou substancialmente”, afirmou. A unidade realiza cerca de 10.000 consultas por mês. As consultas estão suspensas e só pacientes que recebem medicamento de uso contínuo estão sendo atendidos (casos de epilepsia, aids ou doenças psiquiátricas). Das quatro salas cirúrgicas, apenas uma está funcionando e dos 20 leitos, apenas 7 estão ocupados. “Essa greve terá um impacto imenso no atendimento. Até o final do ano estamos com a agenda comprometida. Se a greve entrar no mês de julho, com certeza teremos impacto no ano que vem”, afirmou Helena.

O acúmulo de consultas e cirurgias agendadas e não realizadas por causa da greve é a principal preocupação em pelo menos dois estados. No hospital vinculado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e no Hospital de Clínicas da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a previsão é de que a espera para esses dois procedimentos (consultas e cirurgias não emergenciais) avance para o primeiro semestre de 2013. Na UFBA, por enquanto, os funcionários do hospital estão se revezando para garantir o atendimento do que já estava previamente agendado.

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Em Campina Grande, na Paraíba, o hospital ligado à universidade cancelou as consultas que seriam realizadas por professores da instituição. “Das 8.000 consultas que realizamos ao mês, apenas 1.000 são efetuadas pelos professores em greve, então o impacto não é tão grande”, diz a diretora-geral do Hospital Universitário Alcides Carneiro, Berenice Ferreira Ramos.

No estado vizinho, a pró-reitora de gestão de pessoas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Miriam Dante dos Santos, explica que a paralisação de metade dos 1.200 funcionários dos quatro hospitais vinculados à instituição vai ser sentida pela população a partir da próxima segunda. “Até agora, negociamos com o comando de greve para que consultas e cirurgias agendadas fossem realizadas. Mas, em julho, isso não mais acontecerá. “

No Recife, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que realiza cerca de 20.000 consultas e 470 cirurgias ao mês, cancelou consultas e cirurgias por conta da greve. Estão mantidos apenas os procedimentos de urgência para os pacientes que já estão internados e as consultas de pré-natal de alto risco, oncológicas, asma grave e crianças com alergia alimentar.

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(Com Agência Estado)

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