Federais: sobe para 39 o número de unidades em greve
Professores reivindicam melhores condições de trabalho e infraestrutura. Paralisação não tem data para acabar
Já chega a 39 o número de unidades de instituições federais de ensino superior que aderiram à greve por tempo indeterminado, segundo informações do Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes), divulgadas nesta sexta-feira. Ao todo, 35 universidades e institutos estão sem aula. Até a noite de quinta-feira, a paralisação atingia 33 unidades de 29 universidades.
Os novos anúncios de paralisação partiram das seguintes universidades: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Universidade Federal de Goiás – Campus do Catalão (UFG), Universidade Federal de Pernambuco (UFP), Universidade Federal do Acre (UFAC) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Na próxima semana mais instituições devem se juntar ao movimento grevista. Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, a maioria dos 176 docentes da Universidade de Brasília (UnB) votou por paralisar as atividades a partir de segunda-feira. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) também está com indicativo de greve.
A categoria reivindica um plano de reestruturação da carreira docente, que teria sido prometido pelo governo federal para março deste ano. Entre as reivindicações está uma carreira mais curta, com 13 níveis remuneratórios (atualmente são 17), variação de 5% entre os níveis e um salário mínimo para a carreira de 2.329,35 reais referente a 20 horas semanais de trabalho (atualmente esse valor é de 1.597,92 reais). Os professores pedem também melhores condições de trabalho e infraestrutura.
Por meio de nota, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que o reajuste salarial de 4% – acertado com as entidades do setor em agosto de 2011 – está garantido por medida provisória, publicada no último dia 14 no Diário Oficial da União. O reajuste será retroativo ao mês de março. Já com relação ao plano de carreira dos professores e funcionários, o MEC diz que a negociação prevê a aplicação somente em 2013.
Confira a lista de universidades que estão total ou parcialmente paralisadas:
– Universidade Federal do Amazonas
– Universidade Federal de Rondônia
– Universidade Federal Rural do Amazonas
– Universidade Federal do Pará / Central
– Universidade Federal do Pará / Marabá
– Universidade Federal do Oeste do Pará
– Universidade Federal do Amapá
– Universidade Federal do Maranhão
– Universidade Federal do Piauí
– Universidade Federal do Semi-Árido (Mossoró)
– Universidade Federal da Paraíba
– Universidade Federal da Paraíba / Patos
– Universidade Federal da Paraíba / Cajazeiras
– Universidade Federal de Campina Grande
– Universidade Federal Rural de Pernambuco
– Universidade Federal de Alagoas
– Universidade Federal de Sergipe
– Universidade Federal do Triângulo Mineiro
– Universidade Federal de Uberlândia
– Universidade Federal de Viçosa
– Universidade Federal de Lavras
– Universidade Federal de Ouro Preto
– Universidade Federal de São João Del Rey
– Universidade Federal do Espírito Santo
– Universidade Federal do Paraná
– Universidade Federal do Rio Grande
– Universidade Federal do Mato Grosso
– Universidade Federal do Mato Grosso / Rondonópolis
– Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
– Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
– Universidade Tecnológica Federal do Paraná
– Instituto Federal do Piauí
– Instituto Federal de Minas Gerais
– Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
– Universidade Federal do Vale do São Francisco
– Universidade Federal de Goiás – Campus do Catalão
– Universidade Federal de Pernambuco
– Universidade Federal do Acre
– Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro