Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Apenas 54% concluem o ensino médio até os 19 anos

A informação foi levantada pelo Movimento Todos Pela Educação a partir da Pnad 2013. O estudo aponta ainda que sete em cada dez alunos completam o ensino fundamental até 16 anos

Por Da Redação
8 dez 2014, 12h08

O número de jovens com idade entre 15 e 17 anos fora da escola aumentou em 2013. São 1,6 milhão de jovens fora das salas de aula sem ter concluído o ensino médio, o que representa 15,7% do total dos jovens dessa faixa etária. Em 2012, esse porcentual era de 15,2%, maior do que o do ano anterior. Esse indicador está estagnado desde 2008. Os dados foram levantados pelo Movimento Todos Pela Educação (TPE) a partir das informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2013.

Pouco mais da metade dos jovens brasileiros – 54,3% – conseguiram concluir o ensino médio até 19 anos em 2013. O índice mostra uma pequena melhora em relação ao ano anterior (53%), mas a tendência é de estagnação. No ensino fundamental, a taxa de conclusão na idade adequada, até 16 anos, foi de 71,7%. Em 2012, era de 69,4%.

Leia também:

Investir na primeira infância pode mudar o Brasil

Só 15% dos alunos do ensino fundamental têm bom desempenho em ciências

Continua após a publicidade

Ideb 2013 revela estagnação no ensino fundamental e médio

Os resultados indicam que as metas desenhadas pelo Todos Pela Educação para 2013 não foram alcançadas nem no ensino fundamental, em que se esperava 84% de conclusão, nem no médio, estipulada em 63,7%.

Os índices calculados pelo TPE são metas intermediárias de um objetivo final que estipula que todos os jovens de 19 anos tenha concluído o ensino médio até 2022. Para a coordenadora geral do movimento, Alejandra Meraz Velasco, os dados mostram uma estagnação da educação básica, refletida no ensino médio. “O indicador de conclusão é o produto de todo sistema. As crianças estão tendo mais acesso à educação, mas isso não signifca que consigam ir até o fim”. Alejandra cita o problema da falta de atratividade do ensino médio para o jovem como um dos motivos do mau resultado, mas ressalta que só combater isso não basta. “Os anos iniciais e o ensino médio têm tido atenção, com o pacto pela alfabetização e com os debates para reformulação do médio que estão em curso. Os anos finais do fundamental é que estão em um limbo”.

O Plano Nacional de Educação estipula que, em dez anos, a taxa líquida de matrículas no ensino médio seja de 85%. A taxa líquida representa o porcentual de jovens com idade certa na etapa escolar – no caso do ensino médio, na faixa de 15 a 17 anos. Esse índice teve leve variação negativa no País: passou de 54,4% em 2012 para 54,3% em 2013.

Continua após a publicidade

O porcentual de jovens entre 15 e 17 anos ainda no fundamental diminuiu, passando de 23,6% para 19,6% – refletindo melhora no fluxo do fundamental, mesmo que em ritmo lento. A variação também foi positiva no grupo que, com essa idade, já concluiu o médio, está na faculdade ou no curso pré-vestibular.

Abismo – Alejandra chama atenção para as diferenças de sucesso entre as divisões de renda e cor de pele. Enquanto 83,3% dos jovens mais ricos do País concluem o ensino médio na idade certa, apenas 32,4% conseguem fazer isso entre os mais pobres. “Temos um abismo educacional entre pobres e ricos.”

No recorte por cor/raça, a conclusão na idade certa é conseguida por 65,2% dos brancos, enquanto entre os negros esse índice é de 45% e entre os pardos, de 46,3%.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.