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Fauna brasileira tem 1 051 espécies ameaçadas de extinção

Estudo apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente mostrou que o tatu-bola é um dos animais em situação de risco; já a baleia jubarte saiu da lista e está fora de perigo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h12 - Publicado em 22 Maio 2014, 19h59

O estudo Avaliação do Risco de Extinção da Fauna Brasileira, desenvolvido por 929 especialistas entre 2010 e 2014, mostra que atualmente 1 051 espécies de animais estão ameaçadas de extinção. No primeiro relatório, de 2003, a lista era composta por 627 espécies. “A situação não piorou. O universo analisado quintuplicou, daí o aumento da lista”, afirmou o diretor de pesquisa, avaliação e monitoramento de biodiversidade do Instituto Chico Mendes, Marcelo Marcelino, responsável pela coordenação do trabalho.

Das 7 647 espécies avaliadas (o que representa 74% dos vertebrados do Brasil), onze foram consideradas extintas e 121 tiveram sua situação agravada – entre elas o tatu-bola. “Seu habitat, a caatinga, vem sofrendo uma redução. Além disso, o tatu-bola é muito vulnerável à caça”, explicou Marcelino. Para outras 126 espécies, a ameaça foi reduzida, mas ainda persiste.

O trabalho mostra que 77 animais saíram da situação de risco, a exemplo da baleia jubarte. Em 2012, foram contabilizadas 15 000 dessas baleias, ante as 9 000 encontradas em 2008. Duas espécies dos macacos uacaris e o peixe-grama também estão fora de perigo.

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Medidas preventivas – Os números foram apresentados nesta quinta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Além do balanço, ela anunciou um pacote de medidas para tentar preservar a fauna brasileira. Entre as ações, está a suspensão da pesca e comercialização do peixe piracatinga, por cinco anos. A regra, que começa a valer a partir de janeiro de 2015, tem como objetivo proteger o boto vermelho e os jacarés, que são usados como isca para a pesca do peixe. “Vamos criar um grupo para tentar encontrar alternativas a essa prática”, afirmou Izabella. Pesca acidental e comercialização de tubarão-martelo e lombo-preto também estão proibidas, a partir da agora. As duas medidas foram adotadas em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura.

Segundo Izabella, haverá uma força-tarefa de fiscalização, formada pelo Ibama, ICMBio e Polícia Federal para combater a caça da fauna ameaçada, como peixe-boi da Amazônia, boto cor-de-rosa, arara azul de lear, onça pintada, tatu-bola, tubarões e arraias de água doce. A ministra também anunciou a extensão da Bolsa Verde para comunidades em situação de vulnerabilidade econômica em regiões consideradas relevantes para conservação de espécies ameaçadas de extinção. A bolsa será no valor de 100 reais mensais.

(Com Estadão Conteúdo)

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