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Cancún foi boa notícia, mas o planeta continua esperando

As objeções de Japão, Rússia, Estados Unidos e China se tornaram grandes obstáculos na reunião

Por Da Redação
Atualizado em 12 mar 2021, 06h31 - Publicado em 12 dez 2010, 12h32

Apesar dos avanços ainda resta muito a fazer para enfrentar os impactos do aquecimento global do planeta, advertem os ambientalistas

A Conferência do Clima da ONU, que terminou neste sábado em Cancún (México) com um pacote de medidas aprovadas por 193 países, foi uma boa notícia na luta contra o aquecimento global do planeta, mas os desafios continuam enormes, dizem especialistas.

“Este não é o fim, mas um novo começo. Não é tudo o que era preciso, mas representa as fundações essenciais sobre as quais podemos construir uma maior ambição coletiva”, expressou a chefe da Convenção do Clima da ONU, a costarriquenha Christiana Figueres.

A Conferência de Cancún aprovou na madrugada de sábado um pacote de medidas contra as mudanças climáticas, em meio a aplausos dos mais de 190 negociadores, que conseguiram fechar um acordo após o fracasso da Conferência de Copenhague um ano antes.

“As negociações do clima saíram da unidade de terapia intensiva e colocaram o mundo mais perto do acordo global que não foi conquistado em Copenhague”, afirmou a rede internacional de ONGs Oxfam.

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Mas ainda resta muito a fazer para enfrentar os impactos do aquecimento global do planeta, reconhecem os negociadores, e advertem os ambientalistas que andavam às centenas pela Conferência.

“Cancún lança uma ordem clara para que sejam estimuladas as ações que a ciência e a opinião pública pedem. A sociedade civil não permitirá que países como Canadá, Estados Unidos e Japão se escondam, enquanto as ameaças das mudanças climáticas impactam cada vez mais os pobres em países vulneráveis”, declarou à AFP Tim Gore, assessor do Clima de Oxfam.

A rejeição de Japão e Rússia de se comprometer com novos cortes de emissões de carbono para além de 2012 do Protocolo de Kioto e as reticências de Estados Unidos e China – os maiores emissores do planeta – em melhorar suas ofertas, se tornaram grandes obstáculos na reunião.

Mas os negociadores conseguiram um acordo para manter vivas as negociações, que deverão ser concluídas com a extensão para além de 2012 do Protocolo de Kioto, o único instrumento hoje vigente que obriga os países ricos a cortar suas emissões de gases de efeito estufa.

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A renovação de Kioto, que envolve novos compromissos de cortes de emissões dos países ricos, é o complicado tema que a próxima Conferência do Clima, que será realizada em Durban (África do Sul) no fim do ano que vem, herdará.

O grande objetivo das negociações do clima é evitar o aquecimento do planeta provocado pelas emissões de gases de efeito estufa. Este fenômeno, que afeta desde a agricultura até o nível dos mares, a longo prazo irá aumentar os extremos climáticos, dificultará o acesso à água e aos alimentos, sobretudo para os mais pobres e vulneráveis do planeta.

(Com Agência France Presse)

Conferência do clima termina com acordo modesto

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