Seguranças barram até remédios e filtro solar na entrada do Rock in Rio 2013
Revista 'pente fino' surpreende o público, que é obrigado a se livrar de carregadores de celular, escovas de dente, fones de ouvido e maquiagem
Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
13 set 2013, 16h06
Com a promessa de uma revista rigorosa feita por policiais e seguranças particulares, a entrada do primeiro dia de Rock in Rio está tumultuada e com filas de mais de uma hora de espera. O maior problema, no entanto, é a proibição surpreendente de itens como medicamentos, filtro solar, carregadores de celular e até maquiagem. Em grandes caixas brancas de madeira, posicionadas ao lado das catracas, seguranças de uma empresa privada jogam todos os objetos que consideram perigosos. Em ritmo acelerado, para dar vazão à fila quilométrica, os seguranças sequer perguntam o que são os itens encontrados com as pessoas revistadas.
A estudante carioca Ana Carolina Miranda, de 17 anos, que chegou por volta do meio-dia à área externa da Cidade do Rock, teve que abrir mão de um fone de ouvido, do carregador de seu celular e de itens de maquiagem. “Eles vão tirando da bolsa, jogam na caixa e você não pode argumentar. Até meu rímel foi jogado no lixo”, reclamou, assim que passou pela barreira.
Estudante da UFRJ, Bruno Jennings, 20 anos, teve que deixar uma escova de dentes para poder entrar no festival. “Disseram que com minha escova eu poderia furar alguém”, disse, rindo da situação. Quem tenta entrar com fio dental também perde este item.
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O ‘pente fino’ criado pelos seguranças da empresa privada Prosegur criou uma estranha linha de pedintes, posicionados pouco antes da revista. Um grupo de jovens avisa que itens estão sendo barrados e pedem para o público jogar o que tiver de ‘perigoso’ na bagagem. Assim, ganham caixinhas de suco, frascos de filtro solar e o que mais os pagantes decidirem arremessar.
A revista bolsa a bolsa é o primeiro estágio da fiscalização, onde os seguranças deixam passar quem mostra o ingresso. O tíquete só é recolhido cerca de 400 metros à frente, onde estão as catracas e policiais militares. Os PMs, no entanto, não estão revistando o público, apenas observam e são chamados quando necessário.
A fiscalização rigorosa criou problemas para a paulistana Natasha Conde, de 25 anos. “Fiquei mais de uma hora na fila e tive que implorar para entrar com meu remédio para cólicas. Os outros medicamentos que carrego comigo ficaram na caixa. Só me deixaram entrar com o filtro solar porque mostrei a etiqueta de produto dermatológico”, contou.
Já a carioca Juliana Santana, 22 anos, perdeu itens de maquiagem, como batom e protetor labial. “Ficaram com meu carregador de celular e uma garrafinha de suco. Não esperava ser barrada com essas coisas”, reclamou.
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