Reynaldo Gianecchini inicia quimioterapia nesta quinta
Câncer do ator é um linfoma não-Hodgkin de células-T, segundo novo boletim do hospital Sírio Libanês
O ator Reynaldo Gianecchini dará início a tratamento quimioterápico contra o câncer nesta quinta-feira, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O galã global foi diagnosticado com câncer no sistema linfático na semana passada e, conforme boletim divulgado no fim da tarde desta quarta, seu caso é de um linfoma não-Hodgkin de células-T.
A equipe médica que cuida de Gianecchini, chefiada pelo infectologista David Uip, aguardava a análise de exames enviados à Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, para chegar a esse diagnóstico completo da doença do ator.
“Hoje o paciente será submetido ao procedimento de colocação de um catéter venoso central, pelo professor Raul Cutait, e iniciará o tratamento quimioterápico amanhã”, diz o texto do boletim do Sírio Libanês. “O paciente continuará internado e segue sendo acompanhado pelas equipes coordenadas pelos professores doutores Yana Novis, Raul Cutait e David Uip.”
Entenda a doença
Linfomas são tumores cancerígenos originados no sistema linfático, que é formado por vasos finos e gânglios (os linfonodos). Eles são de duas categorias: há o linfoma de Hodgkin e o não-Hodgkin, tipo que já foi enfrentado pela presidente Dilma Rousseff e acomete agora o ator Reynaldo Gianecchini.
Os linfomas não-Hodgkin representam, por sua vez, um grupo de cânceres correspondente a mais de vinte doenças diferentes. A maioria (85%) atinge os linfócitos B e menos de 15% são de células T – que desempenham diversas funções no organismo e têm um papel crucial no sistema imunológico.
Segundo Auro del Giglio, professor titular de hematologia e oncologia da Faculdade de Medicina Fundação ABC, há cerca de vinte subtipos de linfomas de células T. O hospital Sírio Libanês não precisou de que subtipo sofre o ator.
Tratamento – O tratamento é feito com quimioterapia, a partir da combinação de medicamentos. Geralmente, a aplicação dos remédios é feita a cada 21 dias, durante seis ciclos. Não há necessidade de internação. Entre as reações à quimioterapia, estão queda de cabelo, pré-disposição para infecções, náuseas e vômitos. Todos esses efeitos podem ser controlados, segundo Auro del Giglio.
O médico explicou ainda que, em geral, os pacientes com linfoma de células T têm um prognóstico mais complicado do que os diagnosticados com linfoma de células B. De acordo com ele, não há drogas realmente eficazes para o tratamento. Em alguns casos, a remissão (recuo do câncer) não ocorre. Em outros, a doença desaparece, mas pode voltar rapidamente. Mas há também chances de cura.