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Quinta-feira negra no Rock in Rio 2013

Festival recomeça com dia dedicado - enfim - ao rock e ao metal. Preto é o tom predominante no dia que Metallica fecha o Palco Mundo

Por Cecília Ritto e Pollyane Lima e Silva, do Rio de Janeiro
19 set 2013, 15h49

Sepultura e Tambores do Bronx passavam o som no Palco Mundo pouco antes da abertura dos portões da Cidade do Rock, programado para as 14h desta quinta-feira. Do lado de fora, uma multidão se acotovelava diante do cordão humano formado por seguranças e policiais, ansiosos pelo início da segunda etapa de shows. Enfim, o Pop in Rio dá lugar ao Rock in Rio propriamente dito, com quatro dias divididos entre rock e metal.

Entre o público, o preto é a cor que predomina – em grande parte com alguma referência à principal atração do dia: Metallica. E ainda bem que ninguém precisa passar por detectores de metal, porque correntes pesadas, pulseiras, cintos e grandes anéis prateados são itens obrigatórios no visual. Faltavam ainda dez minutos para a liberação, e os fogos de artifício anunciavam que o espetáculo começaria mesmo antes do previsto.

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A música-tema do festival tocava alto quando um mar negro começava a avançar em correria pelo gramado em direção ao Palco Mundo, entoando o refrão “Oh Oh Oh Rock in Rio”. Entre o povo que grita e faz chifres com as mãos estão as irmãs Giulia e Marina Souza, de 12 e 14 anos, grudadas na grade do gargarejo. “Estou muito ansiosa, nem consegui dormir direito. Amamos o Metallica”, dispara a caçula sorridente, que está à espera de uma música em especial, Sad But True. A mais velha quer ouvir Fuel.

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Famílias – As pessoas são outras, o tempo também. Se na primeira leva de apresentações, o calor do Rio impôs o uso de shorts e camisas regata, nesta quinta, as poças d’água da chuva na noite anterior e as nuvens carregadas ajudaram a compor o cenário rock n’ roll. Animada, a família Pereira veio de Minas Gerais para assistir ao Metallica. José Ronaldo, médico de 50 anos, chegou ainda de madrugada com as filhas de 16 e 19. “Exprimi meu salário para pagar os ingressos. Aderi ao rock por causa das minhas filhas e também para não ter que ficar ouvindo sertanejo”, brinca José, enrolado em uma bandeira do Cruzeiro.

Em família também está Verônica Catarinozi, de 47 anos. Na entrada da Cidade do Rock, o fotógrafo pede uma foto dela com o marido, Flávio, de 49 anos. Imediatamente, a professora grita: “Crianças! Voltem aqui”. Ela chamava, na verdade, os quatro jovens que os acompanhavam, com idades entre 15 e 26 anos – seus dois filhos e os amigos. “Aprendi a gostar de metal por causa deles. O público roqueiro é muito fiel e, acredite, muito tranquilo também”, comenta.

O público em geral é considerado mais organizado mesmo pelos produtores do evento que estavam nas roletas da entrada. De Maceió, chegou o casal Karine Garcia e Leto Santana, os dois de 42 anos. Com a camisa do Metallica e no meio da correria da entrada, os dois, um pouco menos apressados, se intitularam “os veteranos do Rock”. Outro grupo mineiro, com 44 pessoas, saiu em um ônibus rumo ao Rio de Janeiro às 2h. Desembarcaram às 11h30 na fila e às 14h estavam dentro da Cidade do Rock. “Não vejo o Metallica desde 1991”, conta Eder Crispin, de 32 anos.

Nicole Lima, de 22 anos, e Marco Ferreira, de 20, vieram de Santa Catarina diretamente para um dos lugares mais à frente do Palco Mundo. “Sou muito fã de metal. Minha mãe colocava para eu ouvir ainda na barriga”, diz Nicole. Os dois se conheceram através da música. Marco era garçom de um bar que tocava rock. E Nicole, como boa roqueira, frequentadora assídua. Hoje, o casal se une pela música mais uma vez, para curtir a primeira noite de rock pesado – e família – do festival.

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