Grace Potter faz belo show, mas Donavon Frankenreiter seria melhor como atração principal
A cantora americana e sua banda, The Nocturnals, mostraram empenho no Palco Sunset no Rock in Rio, mas não empolgaram tanto quanto a participação do roqueiro surfista Donavon Frankenreiter
Por Carol Nogueira
20 set 2013, 19h52
Uma das primeiras coisas que se encontra ao pesquisar o nome da cantora americana Grace Potter na internet é que ela já foi muito comparada a Janis Joplin. No entanto, ao assistir ao seu show, fica a sensação de que a comparação é menos pelo talento e mais pelo que ela gostaria de ser. Grace tem uma ótima voz — rouca e com uma levada meio soul, como Joss Stone –, é linda e tem muita atitude, mas compará-la com Janis é quase uma heresia.
Não por falta de empenho da moça, que ela mostrou ter de sobra, nem pelo talento de sua banda, The Nocturnals, com músicos super competentes. O que falta é carisma e presença de palco, mesmo ela se esforçando para falar em português com a plateia, dizendo várias vezes “E aí galera?”, e até em espanhol — “Uno más”, disse ao fim do show, ao anunciar que cantaria mais uma música.
Muito da frieza do show se deveu, é verdade, à recepção do público, que não parecia conhecê-la muito bem e também porque, sejamos francos, o Rio de Janeiro em um dia de sol como esta sexta-feira combina mais com surf music do que com Janis Joplin. Assim, até o cover de Miss You, dos Rolling Stones, e o grande hit de Grace, Paris (Ooh La La), lançado em 2010 e cantado por vários calouros em reality shows como The Voice e The X Factor nos Estados Unidos, onde fez certo sucesso, passaram batidos pela plateia.
A apresentação contou com a participação do surfista roqueiro americano Donavon Frankenreiter, que faz um som parecido com o de outro músico mais famoso, Jack Johnson. Por causa da semelhança, é fácil para ele criar empatia com o público, que parecia conhecer suas músicas mesmo sem nunca ter ouvido seu nome.
Ele subiu ao palco na terceira música do repertório de Grace e cantou apenas hits seus, como Free, It Doesn’t Matter e Move by Yourself, com ela nos teclados — todas cantadas em coro pela plateia, com direito a palmas. Ficou claro que era Frankenreiter quem deveria ser a atração principal do palco, com participação dela.
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