Filme gay ganhador da Palma de Ouro vem para o Brasil
'La Vie d'Adèle' teve os direitos de exibição vendidos para a distribuição no país, segundo a produtora do longa. Ainda não há data de lançamento
O filme vencedor da Palma de Ouro, La Vie d’Adèle, uma história de amor entre duas mulheres, teve os direitos de exibição vendidos para o Brasil e outra dezena de países, incluindo México, Colômbia e Espanha. Dirigido pelo franco-tunisiano Abdellatif Kechiche, o filme contém imagens explícitas de amor lésbico que causou burburinho entre o público do Festival de Cannes. Ainda não há data de lançamento prevista.
Está prevista para 16 de agosto a estreia de Flores Raras, filme de Bruno Barreto, que também aborda a relação sexual entre duas mulheres. O filme conta a história de amor entre a poeta americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto) e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires). O filme foi bem recebido na estreia mundial durante Festival de Berlim, em fevereiro, quando foi exibido em circuito não-competitivo.
Com três horas de duração, o longa protagonizado pelas jovens atrizes Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux havia sido comercializado para alguns países, principalmente da Europa, mas atraiu o interesse de outros distribuidores em todo o mundo graças à crítica favorável recebida em Cannes, disse Brahim Chioua, diretor-geral da Wild Bunch, produtora do filme.
Oriente Médio – O diretor afirmou que os distribuidores no Oriente Médio ainda não viram o filme, que é inspirado na série de quadrinhos Le Bleu Est une Couleur Chaude, de Julie Maroh, sobre o amor de uma adolescente e uma jovem artista de cabelo azul. Kechiche prevê que nesta parte do mundo o longa vai ser visto apenas em festivais, e não no circuito comercial, por causa de seu conteúdo sexual.
O diretor declarou em Cannes que está preparado para receber pedidos de cortes de cenas de sexo entre as duas mulheres. “Nós vamos estudar estes pedidos”, disse.
Choque – Em entrevista, um dia depois de assistir pela primeira vez ao filme na exibição para a imprensa, Léa – cuja personagem, Emma, se apaixona por uma garota mais jovem – disse que se sentiu chocada ao ver as cenas de sexo. “Embora nós mesmas tivéssemos feito aquelas cenas, foi estranho e perturbador assistir a elas”, declarou a atriz.
(Com agência France-Presse)