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Filme com romance gay é destaque do 4º Festival Varilux

Em ‘Adeus, Minha Rainha’, relação entre Maria Antonieta, uma duquesa e uma criada sobressai aos dramas da Revolução Francesa. Evento de cinema francês chega ao quarto ano com expectativa de atrair 100 000 pessoas em 40 cidades

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 Maio 2013, 07h34

Símbolo do luxo desregrado da monarquia francesa pré-revolução, a rainha Maria Antonieta já foi retratada das mais diversas maneiras no cinema, como no longa da diretora americana Sofia Coppola, Maria Antonieta (2006), em que Kirsten Dunst tinha um par de All-Star entre os sapatos e dava verdadeiras raves para os amigos no Palácio de Versalhes. Seja como for o retrato, o que sobressai da maior parte de suas cinebiografias é a imagem de rainha frívola e promíscua, que terminou na guilhotina em 1793, durante a Revolução Francesa, porque fez por merecer. Em Adeus, Minha Rainha, filme de Benoît Jacquot que é destaque do Festival Varilux de Cinema Francês, a partir desta quarta-feira em São Paulo, a má fama da personagem é ofuscada pelo olhar apaixonado de Agathe-Sidonie Laborde (Léa Seydoux), criada que tem a função de ler para Maria Antonieta (Diane Kruger) e se apaixona por ela.

Devota até as últimas consequências, Agathe-Sidonie ultrapassa a relação de vassalagem e desenvolve um amor platônico pela rainha, cujo caso com a duquesa Gabrielle de Polignac (Virginie Ledoyen) já se comenta nos bastidores do palácio. É pelo ponto de vista da criada e de outros serviçais da corte que Adeus, Minha Rainha reconta a história da Queda da Bastilha. Alheios aos problemas encarados pelo país fora dos muros e para além da proteção da realeza, os empregados e também os membros da corte se veem aterrorizados com o crescimento do movimento revolucionário e perdidos com o iminente fim da monarquia, o que os leva a tomar decisões extremas, de furtar artigos do Palácio para fugir com algum apoio financeiro, até tentar o suicídio.

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Bem resolvidas em seus papéis, as atrizes Léa Seydoux e Diane Kruger, que já atuaram juntas em Bastardos Inglórios (2009), de Quentin Tarantino, demonstram à flor da pele as tensões do fato histórico, somado ao medo que têm de perder um grande amor. A rainha teme pela duquesa de Polignac. E Agathe-Sidonie quer em vão proteger Maria Antonieta, que ora flerta com a criada ora nem a vê na mesma sala. A produção foi indicada em dez categorias ao César Awards — O Oscar do cinema francês — e ganhou três: melhor fotografia, melhor cenografia e melhor figurino.

Festival Varilux — O evento é uma oportunidade para ver o longa, que só entra em cartaz no circuito comercial brasileiro no segundo semestre. O Festival Varilux de Cinema Francês, que ocorre entre 1º e 16 de maio, passará por quarenta cidades e oitenta salas de cinema. O evento começa em São Paulo nesta quarta-feira e depois será dividido em duas fases: de 3 a 10 de maio passará por uma parte das cidades selecionadas, e de 10 a 16, pelo restante. Alguns dos locais que receberão o festival são Campinas, Santos, Rio de Janeiro, Manaus, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, Natal, Belém, São Luís, Brasília e Goiânia. A lista completa de cidades, assim como a programação, podem ser encontradas no site oficial do evento.

Além de Adeus, Minha Rainha, outros filmes selecionados que merecem destaque são o drama Ferrugem e Osso, de Jacques Audiard, com a atriz Marion Cotillard, e as comédias Pedalando com Molière, do diretor Philippe Le Guay, e Aconteceu em Saint-Tropez, da cineasta Danièle Thompson, com Monica Bellucci no elenco.

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