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Votação de projeto sobre terceirização fica para semana que vem

Movimento que une governo, PT e PSDB defende que é preciso mais tempo para analisar os cerca de 30 destaques apresentados ao projeto, cujo texto-base foi aprovado por larga vantagem na semana passada. Tucanos têm retirado apoio às mudanças

Por Gabriel Castro e Marcela Mattos, de Brasília
15 abr 2015, 19h08

A conclusão da votação na Câmara dos Deputados do projeto de lei que amplia a possibilidade de terceirização de mão-de-obra ficou para semana que vem. Um movimento que une governo, PT e PSDB defendia que a votação das emendas ao texto, marcada para esta quarta-feira, fosse adiada. Embora resistisse à ideia, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), concordou com a decisão após suspender a sessão desta quarta para negociar com líderes partidários.

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Cunha, que tem se empenhado pessoalmente pela aprovação da medida, minimizou o recuo.”A gente sabe que é da política fazer adiamentos para poder construir acordos. A gente tem experiência suficiente para saber que é do jogo. Isso não é meu projeto, é do país”, disse o peemedebista. Antes da votação, a Câmara vai realizar uma mesa de negociações com a presença de empresários e sindicalistas.

Os argumentos daqueles que se opõem à votação são semelhantes: é preciso tempo para analisar os cerca de 30 destaques apresentados ao projeto, cujo texto-base foi aprovado por larga vantagem na semana passada. “Verificamos que a maioria das bancadas está dividida quanto ao mérito do projeto. Paira sobre o plenário uma enorme dúvida”, afirma o líder do governo, José Guimarães (PT-CE).

Uma das causas para o recuo foi a campanha feita pelos sindicatos ligados ao PT em todo o Brasil contra os parlamentares que deram voto favorável ao texto já aprovado. “Nós perdemos a batalha da comunicação”, reconhece o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), que defendeu o adiamento. Dentro da bancada tucana, muitos parlamentares mudaram de posição desde a semana passada. Em deliberação feita nesta quarta-feira, metade dos 52 deputados presentes se posicionou contra a terceirização das atividades-fim.

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Já o DEM insiste na votação do projeto e desconfia da proposta feita pelo governo: “Está se tentando prorrogar por quinze dias uma discussão que vai representar a sangria dos partidos de oposição e vai representar a sangria para os 324 deputados que votaram a favor do projeto no primeiro momento”, diz o líder do partido, Mendonça Filho (PE).

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também prometeu manter a votação mesmo se um requerimento de retirada de pauta fosse aprovado nesta quarta. Mas, ao fazer as contas, ele notou que não conseguiria evitar a derrota. Por isso, suspendeu a sessão para conversar com os líderes partidários e consentiu com o adiamento. A Câmara passou a analisar, então, uma medida provisória que trata dos servidores públicos do Amapá e de Rondônia, antigos territórios da União.

Nesta terça-feira, os deputados já haviam aprovado uma emenda que exclui do projeto as empresas públicas e de economia mista, restringindo as novas regras às companhias privadas.

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