Tentativa de assalto a transportadora deixa um morto
Funcionários foram feitos reféns. Um dos suspeitos fugiu pela Avenida Pacaembu e foi surpreendido por policiais. Houve troca de tiros
Quatro funcionários da empresa transportadora de valores RRJ foram mantidos reféns por cerca de duas horas, na tarde deste domingo, durante tentativa de assalto a um dos escritórios da companhia, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo. Todos foram libertados sem ferimentos, mas um dos ladrões morreu na troca de tiros com policiais ao tentar fugir pela Avenida Pacaembu. Outros quatro criminosos foram presos e um está foragido.
Armado com fuzis, o grupo entrou no escritório, na Rua Mario de Andrade, pouco antes das 16 horas, após render os quatro funcionários. A Polícia Militar não soube informar como a quadrilha conseguiu invadir o local.
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Com a chegada das primeiras viaturas da PM ao local, quatro dos seis integrantes do bando tentaram sair da companhia em um carro-forte, mantendo três funcionários reféns dentro do veículo – a quarta pessoa rendida ficou amarrada no interior do prédio da RRJ.
Nesse momento, houve troca de tiros, mas ninguém se feriu. O clima na região, no entanto, foi de pânico. Muitos moradores de prédios da rua e pedestres correram e se esconderam com o barulho dos disparos. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM foi chamado ao local para comandar as negociações com os assaltantes. A quadrilha decidiu libertar um dos reféns, para sinalizar que aceitaria negociar. Os demais funcionários foram soltos por volta das 18h, no mesmo momento em que os quatro ladrões se entregaram.
Outros dois criminosos fugiram separadamente em dois carros. Um conseguiu escapar e ainda não havia sido localizado até as 20h30 de domingo. O outro criminoso seguiu pela Avenida Pacaembu, mas foi surpreendido por uma viatura da PM.
Na altura do número 800 da avenida, houve tiroteio e o suspeito foi baleado por policiais. Ele foi encaminhado ao pronto-socorro da Santa Casa, também no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Vítimas e detidos foram levados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e prestaram depoimento. De acordo com informações preliminares da polícia, nada foi levado da empresa.
Segundo caso – Não foi a primeira vez que o escritório da RRJ na Rua Mario de Andrade é alvo de tentativa de assalto. Em 2008, um grupo formado por cerca de 20 bandidos chegou a usar uma bomba para tentar abrir um buraco na parede da companhia e roubá-la, mas o crime foi impedido por um grupo de seguranças internos.
A explosão, no entanto, danificou imóveis da vizinhanças. “Tem gente que até hoje não recebeu nada pelo prejuízo que teve na época. A pensão localizada ao lado da empresa ficou toda destruída”, conta a cuidadora Fátima Carvalho, de 63 anos, que mora em um prédio na Rua Camaragibe, aos fundos da companhia. “Eu vou falar com os vizinhos para que a gente faça um abaixo-assinado para pedir a saída da empresa daqui. Está trazendo muitos riscos”, defende.
(Com Estadão Conteúdo)