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Temer diz que áudio vazado era para amigo: ‘Houve um equívoco’

Peemedebista sinalizou que o teor do discurso em que defende um “governo de salvação nacional” não afeta a votação do processo de impeachment

Por Da Redação 11 abr 2016, 18h36

Depois do vazamento do discurso em que fala como se o processo de impeachment da petista Dilma Rousseff já tivesse sido aprovado na Câmara dos Deputados, o vice-presidente Michel Temer disse na tarde desta segunda-feira que o áudio tornado público era uma projeção de uma fala que eventualmente poderia fazer e que deveria ser enviada a um “amigo”, mas foi erroneamente repassada a um grupo de mensagens instantâneas. Ao comentar o caso, o peemedebista sinalizou que o teor do discurso em que defende, entre outros pontos, um “governo de salvação nacional” não afeta a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, agendada para o próximo domingo.

No áudio vazado, o vice afirma que “a grande missão a partir desse momento é a pacificação do país”. “É preciso um governo de salvação nacional e, portanto, de união nacional. É preciso que se reúnam todos os partidos políticos e que todos os partidos políticos estejam dispostos a dar sua colaboração para tirar o país da crise. Sem essa unidade nacional, penso que será difícil tirar o país da crise em que nos encontramos”.

Depois do episódio, Michel Temer virou o alvo preferencial da artilharia do PT e foi chamado de “golpista” pelo ministro da Secretaria de Governo Ricardo Berzoini. O vice se recursou a rebater o auxiliar de Dilma, disse que “certas afirmações não merecem a honra da minha resposta” e deu sua versão sobre o áudio. “Falava com vários companheiros e naquele momento me perguntavam se eu já estava preparado para a eventualidade daquilo que viesse a acontecer no próximo domingo, porque certo e seguramente se exigiria uma manifestação minha. Eu disse ‘olha, até vou fazer o seguinte: eu vou gravar uma coisa que eu imagino que eu possa dizer’. Fiz uma gravação em que ressaltei pontos que eu tenho defendido ao longo do tempo: a pacificação absoluta do país, a unidade do país, o chamamento de todos os partidos para um governo, digamos assim, de salvação nacional, a ideia de que devemos prestigiar os setores produtivos, ou seja, trabalhadores e empregadores, a ideia de que devemos manter os programas sociais e até aprimorá-lo ao longo do tempo. Eu fui dizendo exatamente isso na gravação”, explicou.

“Confesso que depois, quando resolvi mandar a gravação para outro amigo, houve um equívoco e foi para um grupo que acabou divulgando esta matéria. Eu reitero que aquilo que disse seria exatamente o que eu fiz no passado e continuarei a fazer, dependendo do que acontecer no dia 17. Verifiquem na gravação que respeitosamente me dirigi ao Senado Federal dizendo que, apesar da eventual decisão que hoje se dê, ainda temos que cautelosamente aguardar a decisão do Senado Federal. Mas ainda que o governo continue tal como está eu continuarei sustentando as mesmas teses, não mudei um centímetro daquilo que eu falei no passado. São teses que eu tenho sustentado ao longo do tempo”.

Eleição indireta – Após o vazamento do áudio, ministro Ricardo Berzoini afirmou que Temer “está confundindo a apuração de eventual crime de responsabilidade da presidente Dilma com eleição indireta”. “Estou estupefato. Está disputando votos e transformou o processo numa eleição indireta para conseguir votos em favor do impeachment. Esse áudio demonstra as características golpistas do vice”, disse.

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