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STF nega liberdade a Marcelo Odebrecht, preso na Lava Jato

Empresário foi detido em junho do ano passado por suspeitas de integrar o esquema criminoso de fraude em contratos e pagamentos de propina a agentes públicos

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 jan 2016, 20h08

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, negou nesta sexta-feira pedido de liberdade feito pelo ex-presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e manteve o executivo preso. O empresário foi detido em junho do ano passado na Operação Lava Jato por suspeitas de integrar o esquema criminoso de fraude em contratos e pagamentos de propina a agentes públicos.

Em sua decisão, Lewandowski afirmou não haver “ilegalidade flagrante” nas três ordens de prisão expedidas pelo juiz Sergio Moro contra Odebrecht. A defesa do empreiteiro alegava que sucessivos mandados de prisão preventiva expedidos por Moro seriam ilegais. O ministro, porém, destaca que a procuradoria-geral da República defendeu que Marcelo Odebrecht “continuaria a obstruir” as investigações sobre o escândalo do petrolão se fosse colocado em liberdade.

Em um dos processos que envolvem a Odebrecht na Lava Jato, o Ministério Público conseguiu documentar a prática de 56 atos de corrupção e 136 lavagens de dinheiro para beneficiar a empreiteira. Neste caso, foram movimentados 389 milhões de reais em corrupção e 1,063 bilhão de reais com a lavagem.

Embora a construtora Odebrecht sempre tenha estado no radar dos investigadores da Lava Jato, indícios mais contundentes contra a construtora ganharam corpo depois do depoimento de delatores como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, que indicaram a empresa como uma das pagadoras de propina a agentes públicos. O cerco contra a maior empreiteira do país se fechou ainda mais depois de os investigadores da Lava Jato terem detectado mensagens cifradas de Marcelo Odebrecht e encontrado seis novas contas correntes ligadas ao grupo abertas em nome das offshores Smith & Nash Engeinnering Company, Arcadex Corporation, Havinsur S/A, Golac Project, Rodira Holdings, Sherkson Internacional e utilizadas para pagar propina a ex-funcionários da Petrobras.

Além dessas contas, referências à Constructora Del Sur e Klienfeld já haviam sido mapeadas nas investigações como mecanismo para distribuir propina no exterior. Aliado a isso, uma análise das mensagens telefônicas de Marcelo Odebrecht aponta que o executivo escreveu textos com referência a “dissidentes PF” junto com o trecho “trabalhar para parar/anular” a investigação. A possibilidade de as palavras indicarem que Odebrecht poderia estar atuando para derrubar a Operação Lava Jato foi considerada “perturbadora” pelo juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos relacionados ao escândalo do petrolão na primeira instância.

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