Rodovias federais têm 222 mortes no Natal
Número é 28% maior do que em 2011, segundo levantamento da PRF; acidentes passam de 3.000
O Natal deste ano foi mais sangrento nas estradas federais do Brasil,. Balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgado na tarde desta quarta-feira contabilizou 222 mortos em acidentes entre os dias 21 e 25 de dezembro. O número é 28% maior do que registrado no ano passado, levando em conta o aumento da frota nacional de veículos, segundo a PRF. Além das mortes, 1.942 pessoas ficaram feridas em acidentes. Em 2011, foram registradas 161 mortes e 1.965 feridos.
O aumento de mortes acontece mesmo com a redução do número total de acidentes nas rodovias. Neste ano, a PRF registrou 3.027 acidentes, contra 3.296 em 2011 (uma redução de 14,5%). De acordo com o órgão, um levantamento preliminar aponta que as ultrapassagens mal sucedidas foram responsáveis por quase 1/3 dos acidentes fatais que aconteceram no período.
O levantamento também aponta um aumento da gravidade de “grandes acidentes” nas estradas. Em 2011, foram registrados no período de Natal apenas três acidentes com quatro mortes ou mais que, somados, resultaram em 13 mortes. No Natal de 2012, a PRF atendeu a sete acidentes semelhantes, que resultaram em 36 mortes. Seis desses acidentes foram colisões frontais – cinco delas com caminhões.
O acidente mais grave aconteceu na BR-316, na altura do município de Paramirim, sertão de Pernambuco. Na madrugada do dia 23, um caminhão carregado com placas de gesso bateu de frente contra uma van que transportava 14 pessoas. Onze morreram. Segundo a PFR, o motorista do caminhão estava bêbado. No dia 24, um acidente na BR-116, na altura de Cajati (SP), deixou três mortos.
Lei Seca – Ainda segundo a PRF, durante o feriado prolongado de Natal, 25.082 motoristas passaram pelo teste “bafômetro” em rodovias federais. Destes, 855 foram reprovados. Eles vão ter que pagar a multa como o novo valor de 1.915,40 reais, estabelecido pela nova Lei Seca sancionada pela presidente Dilma Rousseff na semana passada, que tornou mais rígidas as punições contra motoristas que dirigirem sob efeito de álcool.
Entre os reprovados, 393 ainda foram presos em flagrante por crime de trânsito, já que ultrapassaram o índice de 0,30mg de álcool por litro de ar expelido ou por apresentarem sintomas de embriaguez e se recusarem a realizar o teste.