Rodoviários do Rio rejeitam mascarados em protesto
Categoria votou por não se juntar ao movimento contra a Copa do Mundo que acontecia no Centro - ao contrário do que fizeram os professores em greve
Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
15 Maio 2014, 19h47
A expectativa de que três protestos distintos – de professores, rodoviários e contra a Copa do Mundo – se encontrassem no Centro do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, deixou toda a região em clima de tensão. Quem saía do trabalho, por volta das 18h, corria para se distanciar dos manifestantes que começavam a se reunir. O policiamento foi reforçado. Na área próxima à Central do Brasil, um grupo liderado por mascarados gritava palavras de ordem e carregava faixas contra a realização do Mundial no Brasil. Professores, que haviam acabado de deixar a assembleia que decidiu pela manutenção da greve nas redes estadual e municipal, juntaram-se ao grupo. Os rodoviários, porém, decidiram pôr fim a seu ato antes de se aproximar dos demais.
Alguns dissidentes podem ter se unido ao grupo maior, mas a maioria dos 300 integrantes do movimento votou pela dispersão. Lideranças afirmaram que não são contra a realização da Copa do Mundo e que a decisão pretendia evitar que a categoria se envolvesse em um possível tumulto – eles haviam recebido a informação de que black blocs tomavam a frente do protesto. “Os rodoviários não estão envolvidos em qualquer manifestação a não ser aquelas pelos direitos da categoria. Não queremos nos envolver em qualquer confronto que prejudique nossa imagem e nossas reivindicações. Todas as manifestações que fizemos foram pacíficas e continuarão assim”, declarou o motorista Josivan Farias, que participa do movimento grevista. A categoria não vai voltar a parar esta semana, mas marcou nova assembleia para a próxima terça.
Restaram no movimento cerca de 800 pessoas, de acordo com a Polícia Militar, que caminharam até a prefeitura. Eles queimaram uma bandeira do Brasil e álbuns da Copa do Mundo. A Avenida Presidente Vargas, uma das principais, chegou a ficar interditada nos dois sentidos, deixando o trânsito completamente congestionado. “Fifa, volta para a Suíça”, gritou o grupo, que pede que recursos gastos em estádios sejam revertidos a saúde e educação. Algumas pessoas também carregavam bandeiras de partidos como PSTU e PC do B. Agentes do Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos e do Choque contavam com reforços de policiais de outras unidades para acompanhar o ato.
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