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Renan: ‘Discutir impeachment não resolve crise econômica’

Presidente do Senado tenta se apresentar como fiador da agenda anticrise no momento mais tenso do governo Dilma Rousseff até agora

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 ago 2015, 19h46

Depois de se apresentar como o líder em Brasília disposto a tentar dar fôlego ao governo Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira que é presiso separar as crises política e econômica que assolam o país. “Discutir o impeachment todos os dias não resolve a crise econômica. Acho recomendável separar as crises. O governo Dilma Rousseff não é o Brasil. Nós estamos atacando problemas nacionais que continuarão a existir durante e depois do governo Dilma”, disse Renan. “O reducionismo é impróprio. O governo Dilma, como se sabe, tem data para acabar, e o Brasil vai continuar existindo.”

Renan reuniu-se nesta segunda com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. O peemedebista apresentou uma agenda com 28 propostas anticrise – como melhorias no marco regulatório de concessões de obras de infraestrutura, ampliação do marco jurídico do setor de mineração, a simplificação de procedimentos ambientaise projetos de reajuste planejado para servidores.

Para Renan, a agenda de votações exigirá uma “saída política” entre os parlamentares, e não apenas discussões econômicas. “Vamos trabalhar para construir uma saída política para o Brasil. Qualquer saída será política. Só a política terá condições de construir uma saída para o nosso país, mas essa construção de saída exige preliminarmente um roteiro econômico, uma agenda de Brasil que o governo não pode se recusar a oferecer”, disse.

Em um discurso recheado de recados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Renan afirmou que os temas para votação podem ser ampliados e aprimorados. “Queremos dar previsibilidade e segurança a atores econômicos. Uma colaboração do Legislativo brasileiro. Não é uma colaboração do Senado. Queremos e podemos ser vistos como facilitadores, e não como sabotadores da nação”, afirmou.

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Renan Calheiros e Eduardo Cunha são investigados por suspeitas de receber propina do petrolão, mas enquanto o deputado decidiu romper com o governo em julho, depois de ter sido acusado de pedir 5 milhões de dólares em propina, Renan tenta ocupar o papel de protagonista de uma agenda anticrise.

“Não estamos estendendo a mão a um governo, que é efêmero e falível, mas tentando debater uma agenda do futuro para toda a nação. Minha obrigação como presidente do Congresso Nacional é procurar caminhos novos, mesmo correndo o risco de errar. O único erro imperdoável em uma crise é a inação”, disse.

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