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PT deve indicar Humberto Costa candidato no Recife

Por aliança com PSB em São Paulo, cúpula petista fará intervenção na capital de Pernambuco para impedir que atual prefeito tente reeleição

Por Thais Arbex
31 Maio 2012, 21h14

Horas depois de o prefeito do Recife, João da Costa (PT), reafirmar em entrevista coletiva sua pré-candidatura à reeleição, nesta quinta-feira, a Executiva Nacional do PT convocou reunião extraordinária, em São Paulo, para a próxima terça para escolher o candidato do partido à prefeitura de Recife. A direção espera anunciar o nome do senador Humberto Costa.

A cúpula do PT recorrerá à resolução aprovada há duas semanas para intervir na capital de Pernambuco e indicar o nome do senador. De acordo com a medida, a escolha dos candidatos à prefeitura das cidades – onde o partido não chegar a um consenso – com mais de 200 000 eleitores, que tenham emissoras de rádio e televisão locais ou que sejam polos econômicos terá de ser homologada pela direção nacional do partido.

“Não vejo argumento, circunstâncias nem razões suficientes para não manter a candidatura”, afirmou João da Costa, ao defender o seu nome como a melhor alternativa do partido para vencer as eleições de 2012.

Na semana passada, a direção petista anulou as prévias realizadas no último dia 20, na capital pernambucana, entre o prefeito João da Costa e o secretário estadual de governo, Maurício Rands. As prévias foram marcadas por um clima acirrado e por uma batalha jurídica sobre quem tinha direito a voto. O comando da legenda também aprovou proposta de realizar novas prévias no dia 3 de junho.

Até então, a ala majoritária do PT, ligada ao ex-presidente Lula, trabalhava para que Rands – o preferido do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, e de Lula – fosse candidato. Mas, diante do impasse, apesar de ter marcado nova data para as prévias, a cúpula petista pretendia chegar a um nome de consenso para anular o processo. O indicado capaz de unir o partido no estado é o de Humberto Costa.

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Rands, seguindo a orientação do partido, anunciou a desistência de se candidatar e declarou apoio declarou apoio ao senador. A expectativa do PT era que o prefeito também abrisse mão de sua candidatura. João da Costa chegou a dar sinais de que cederia às pressões, mas seu grupo não admitiu a desistência. Nesta tarde, ao lado dos aliados, ele lembrou ter vencido as prévias realizadas no dia 20 e anuladas pela direção nacional e afirmou estar preparado para vencer novamente.

“O clima continua tenso, mas há muita expectativa em relação à decisão da Executiva Nacional, a quem cabe homologar ou não a candidatura de João da Costa”, afirmou o presidente do diretório estadual do PT, deputado federal Pedro Eugênio ao site de VEJA. “Vou continuar fazendo um esforço para tentar o impossível, para ter um acordo com João da Costa para que não a decisão não seja da Executiva. Continuo trabalhando na superação dessa dificuldade”, disse.

Alianças – A decisão em Recife é prioridade para o PT porque respingará na eleição em São Paulo, onde o partido trabalha para conquistar o apoio do PSB em torno da candidatura do ex-ministro Fernando Haddad. Eduardo Campos avisou ao partido que esperaria a definição na capital pernambucana para selar o acordo PT-PSB.

A resolução tem como principal objetivo impulsionar a candidatura de Haddad em São Paulo e desfazer os nós que seguram as negociações com PSB, com o PCdoB e com o PR. A lógica é simples: se o PT quer o apoio em São Paulo, terá de ceder em outras cidades.

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O governador pernambucano deve desembarcar em solo paulista no início da próxima semana para um encontro com Lula. Antes da conversa com o ex-presidente, porém, Campos receberá a proposta aprovada, nesta quarta-feira, pelo diretório municipal do PSB em São Paulo, de lançar candidatura própria para a disputa pela sucessão do prefeito Gilberto Kassab.

Na semana passada, a Executiva Nacional do PT decidiu que o partido vai apoiar os pré-candidatos do PSB a prefeitura de Mossoró (RN) e Duque Caxias (RJ). O PT indicará vice na chapa encabeçada pelos socialistas.

Ao lado de Recife, as duas cidades foram colocada como condição para que o partido negociasse seu apoio ao pré-candidato a Haddad.

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