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PSB cobra compromissos de Marina antes de oficializá-la

Partido exige da ex-ministra salvaguardas a acordos firmados por Campos - e um discurso menos hostil ao agronegócio

Por Da Redação
18 ago 2014, 07h50

O PSB vai exigir de Marina “salvaguardas” para acordos feitos por Eduardo Campos, como a manutenção das alianças regionais e um comportamento menos hostil ao agronegócio, visto que o ex-governador de Pernambuco vinha lutando para conquistar a confiança do setor e acenava por uma convivência pacífica com os fazendeiros. O PSB convocou para quarta-feira reunião da Executiva nacional para formalizar a candidatura da ex-ministra Marina Silva à Presidência da República, em substituição a Campos, morto num acidente de avião na quarta-feira passada, dia 13.

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As salvaguardas constarão de um documento que deverá ser entregue a Marina pouco antes de o convite para que ocupe a cabeça de chapa seja oficializado. O PSB não quer, por exemplo, que Marina faça uma campanha que possa prejudicar a legenda e favorecer a que ela pretendia criar, a Rede Sustentabilidade. Como Campos e Marina negociaram um programa de governo baseado em linhas programáticas, a direção do PSB vai exigir que tudo seja cumprido.

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“O PSB abre, a partir de agora, o processo de consultas visando a construção de alternativa política consensual a ser adotada pela sua Executiva Nacional, instância partidária adequada para decisões dessa magnitude”, anunciou Roberto Amaral. De acordo com ele, o partido realizará uma reunião amanhã entre a cúpula e os dirigentes estaduais, governadores e candidatos aos governos nos Estados. “Vou consultar todo o partido. Preciso de respaldo para levar à Executiva nacional”, disse Amaral. Ele afirmou que Marina é o nome que vai substituir Eduardo Campos, mas quer fazer tudo com atas e outros documentos, para em seguida levar o pedido de registro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No mesmo encontro, será escolhido o novo vice, que vai substituir Marina. Deverá ser o líder do partido na Câmara, Beto Albuquerque (RS), visto que Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, disse à cúpula do PSB que neste momento não poderia aceitar o convite, visto que tem um filho de sete meses ainda em fase de alimentação e com síndrome de Down. Ela disse ainda que precisa atender aos outros quatro filhos – um deles de nove anos, José – que perderam o pai e estão muito abalados.

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Parte da cúpula do PSB gostaria que Renata aceitasse porque ela seria a única que Marina ouviria nas disputas internas entre o partido e a Rede Sustentabilidade, da ex-ministra. De acordo com os líderes do PSB, Renata poderia fazer com que Marina respeitasse os acordos firmados anteriormente pelo marido. E atenderia o PSB pernambucano, que gostaria de emplacar um vice que fosse próximo de Campos.

Entre os outros candidatos a vice, o nome de Beto Albuquerque é o que aparece mais consolidado e também com o perfil de enfrentar Marina. Na semana passada, ele a chamou à responsabilidade, dizendo que ela precisava naquele momento abraçar o partido e não ficar concentrando suas atenções apenas na criação da Rede. De acordo com a cúpula do PSB, ouvido o não de Renata, o indicado deverá mesmo ser Albuquerque.

A deputada Luiza Erundina chegou a fazer insinuações de que gostaria de ser a vice. Mas ela própria não demonstrou muita esperança na escolha. “Pela experiência, pelo tempo de vida na política, vou me colocar à disposição para aquilo que o partido precisar de mim. Não disputo nada, não quero nada, mas vou me colocar à disposição”, disse Erundina. Já o coordenador do programa de governo da candidatura de Eduardo Campos, Maurício Rands, afirmou que a viúva de campos, Renata, vai se engajar na campanha do partido, embora não seja candidata a nada.

(Com Estadão Conteúdo)

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