Professor é atingido na cabeça por bala perdida
Italo Souza Gatto, de 37 anos, passou por dois hospitais antes de ser internado em rede particular; unidades públicas não dispunham de equipamento
O professor de Química Italo Souza Gatto, de 37 anos, foi baleado na cabeça, por volta das 7h de domingo, quando saía de casa com sua mulher e seu filho de nove meses, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele havia acabado de retirar o carro da garagem e voltou para fechar o portão, na Rua Doutor Otávio Áscoli, no bairro Vila Centenário, quando bandidos em fuga efetuaram disparos contra uma viatura da Polícia Militar. A vítima foi atingida por uma bala perdida na cabeça. A mulher e o bebê nada sofreram. A rua é perto de duas favelas dominadas por traficantes de drogas.
Parentes do professor contaram que inicialmente ele foi levado ao Hospital Moacyr Rodrigues do Carmo, administrado pela Prefeitura de Duque de Caxias, mas não havia tomógrafo (equipamento indispensável para avaliar a gravidade da lesão cerebral). Em seguida, ele teria sido transferido para o Hospital Adão Pereira Nunes, administrado pelo governo do estado, que também estaria sem o equipamento disponível.
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Por fim, Gatto foi internado no Hospital de Clínicas Mário Leoni. A unidade, que é particular, informou nesta segunda-feira que o estado de saúde do professor é gravíssimo. Ele está em coma induzido e respira com auxílio de aparelhos.
O caso está sendo investigado pela 59ª Delegacia de Polícia (Caxias). Até a manhã desta segunda, ninguém havia sido preso.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que “não procede a informação de que o tomógrafo (do Hospital Adão Pereira Nunes) esteja quebrado. No domingo, um pico de luz registrado na região restringiu o funcionamento do tomógrafo, mas a situação foi normalizada no mesmo dia”. A Prefeitura de Duque de Caxias ainda não se manifestou sobre a falta de tomógrafo no Hospital Moacyr Rodrigues do Carmo.
(Com Estadão Conteúdo)