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Prioridade de Haddad será renegociar dívida da prefeitura

Petista disse que São Paulo vai precisar “muito da presidente Dilma”; articulador da candidatura de Haddad, Lula não foi à cerimônia

Por Jean-Philip Struck
1 jan 2013, 17h55

O petista Fernando Haddad assumiu a prefeitura de São Paulo nesta terça-feira afirmando que o município tem uma dívida pública insustentável e perdeu há tempos a capacidade de investimento. Na cerimônia de transmissão do cargo, realizada na sede da prefeitura, na região do Vale do Anhangabaú, o novo prefeito disse que a renegociação da dívida será uma de suas prioridades. Ex-ministro da Educação, Haddad, de 49 anos, foi eleito com 3,4 milhões de votos e assumiu como o 61º prefeito de São Paulo.

Haddad usou boa parte do seu discurso de quase vinte minutos com afirmações genéricas a respeito da capital paulista. “São Paulo está pronta para ser reformada. Temos que repensar o desenvolvimento da cidade”, disse o prefeito. “Existe amor em São Paulo, acredito que esse amor está pronto para se manifestar cada vez com mais força.”

Ao falar da nova administração, Haddad voltou a citar, a exemplo do que fez ao longo da campanha, parcerias com o governo federal. Haddad também se dirigiu ao governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB). “Não recusarei um centavo do governo do estado”, afirmou.

Após a cerimônia na prefeitura, Haddad subiu em um palanque armado em frente ao prédio para falar com a militância de movimentos sociais e do PT que assistia à posse em telões do lado de fora. “O que eu peço a Deus é nunca perder o contato com vocês. Se nos mantivermos unidos, daqui a quatro anos nós vamos celebrar esse dia como um dia histórico para São Paulo”, disse Haddad, que voltou a falar do governo federal. “Nós vamos precisar muito da presidente Dilma”.

Após deixar a prefeitura, Haddad deu a entender que terá reunião nos próximos dias com o ministro da Fazenda, Guido Mantga, para tratar da renegociação da dívida do município. “Já tivemos algumas reuniões e ainda nesta semana teremos um novo encontro. Só aguardo um telefonema, pois (Mantega) me assegurou que irá me receber antes das férias”, disse.

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Kassab – Em seu discurso de despedida do cargo, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), que comandava o Executivo paulistano desde março de 2006, afirmou que Haddad terá trabalho, especialmente por causa da situação financeira “difícil” da prefeitura. “A dívida com a União é impagável. Haddad logo perderá o sono. Não haverá monotonia”, disse Kassab.

O ex-prefeito declarou ainda que deixava o cargo de cabeça erguida e com a sensação de dever cumprido. Logo após discursar, Kassab acompanhou Haddad até a saída da prefeitura.

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Convidados – Sem a presença de políticos de projeção nacional, o público da posse era formado, na maioria, por membros de movimentos sociais e religiosos. Articulador da candidatura de Haddad, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a ser convidado, mas não foi à cerimônia de posse do seu apadrinhado político. A assessoria do PT disse que o ex-presidente Lula não compareceu porque está viajando. Lula tem evitado a imprensa desde o escândalo da Operação Porto Seguro, que envolveu a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary de Noronha, indicada para o cargo no governo do ex-presidente.

O governo federal foi representado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que recentemente se envolveu em atritos com o governo do estado de São Paulo em questões envolvendo segurança pública. Também compareceram na cerimônia o ex-governador Cláudio Lembo e o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, além do governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB).

Em seu discurso, o governador disse que o novo prefeito poderá contar com seu apoio para administrar a capital. “Você poderá sempre contar com o apoio do governo do estado naquilo que for de competência e interesse de São Paulo. Os interesses de São Paulo estão acima dos interesses de partidos”, disse Alckmin.

Mais cedo, Haddad participou de outra sessão solene, desta vez na Câmara Municipal, onde fez o juramento como prefeito da cidade e acompanhou a posse dos 55 vereadores. Em discurso bastante curto, o novo prefeito afirmou que pretende manter “o mais alto padrão de relacionamento” com a Casa.

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