Policiais que arrastaram mulher em carro já responderam por homicídio

Presidente Dilma Rousseff manifesta solidariedade à família de Cláudia pelo Twitter. Sérgio Cabral diz esperar que os PMs envolvidos sejam expulsos

Por Da Redação
18 mar 2014, 11h48

Vídeo mostra vítima sendo arrastada no asfalto, pendurada em carro de policiais (Reprodução/VEJA)

Dos três policiais militares envolvidos no resgate desastrado à auxiliar de serviços gerais Cláudia da Silva Ferreira – baleada e morta no último domingo -, dois já responderam por homicídio. A revelação foi feita pelo jornal O Globo nesta terça-feira. Os subtenentes Rodney Miguel Arcanjo e Adir Serrano Machado foram absolvidos. Também estava na patrulha um sargento, Alex Sandro da Silva.

O trio colocou Cláudia, ferida por tiros, no porta-malas de uma viatura. A tampa do compartimento se abriu no caminho e a vítima foi arrastada por 250 metros. Os policiais alegaram que havia naquele momento um tiroteio no Morro da Congonha, em Madureira. Moradores e a família de Cláudia negam esta versão e acusam os policiais de terem deliberadamente atirado contra ela. Um homem apontado como traficante também morreu na ação.

Continua após a publicidade

Presos policiais que arrastaram mulher em carro da PM

A presidente Dilma Rousseff usou seu perfil oficial no Twitter para manifestar solidariedade aos familiares da vítima. “Nessa hora de tristeza e dor, presto minha solidariedade à família e amigos de Cláudia”, escreveu. Em outra mensagem, Dilma afirmou: “A morte de Cláudia chocou o país. Cláudia da Silva Ferreira tinha 4 filhos, era casada havia 20 anos e acordava de madrugada para trabalhar em um hospital”.

Nesta terça-feira, o governador Sérgio Cabral chamou de “desumana” a forma como Cláudia foi socorrida e disse que os PMs envolvidos devem ser expulsos da corporação. As declarações de Cabral foram dadas em um evento da Supervia, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, onde começou a funcionar uma nova composição.