Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PF confirma acareação entre juiz e mulher de Cachoeira

Andressa Mendonça foi denunciada por tentar corromper o juiz Alderico Rocha Santos, responsável pelo caso Cachoeira

Por Da Redação
30 jul 2012, 19h20

O delegado Sandro Paes Sandre, da Polícia Federal, disse nesta segunda-feira que a acareação entre o juiz federal Alderico Rocha Santos e Andressa Mendonça, mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, será na próxima semana. Andressa foi denunciada por tentativa de chantagem pelo juiz da 11ª Vara da Justiça Federal em Goiás.

Segundo a Polícia Federal, Andressa tentava cooptar o magistrado para obter uma decisão judicial favorável ao marido. O contraventor foi preso durante a Operação Monte Carlo, no mês de fevereiro, sob suspeita de chefiar esquema de exploração de jogos eletrônicos ilegais em Goiás.

Apesar de ser investigada pelo crime de corrupção ativa, a mulher de Cachoeira foi liberada após prestar depoimento. A Justiça determinou, no entanto, que Andressa terá de pagar uma fiança de 100 000 reais e não poderá manter contato com os investigados na operação Monte Carlo – o que inclui o seu marido.

Um dos policiais que esteve no condomínio de luxo onde mora o casal Cachoeira disse que, ao ser convocada, Andressa engoliu em seco, depois chorou muito. Os policiais federais também apreenderam computadores na casa dela.

Continua após a publicidade

“Ela está sendo monitorada”, disse o delegado Sandro Sandre. “E também está proibida de acesso e frequência à Justiça Federal, e de entrar em contato com qualquer pessoa envolvida na Operação Monte Carlo”, disse ele. A PF também investiga se Andressa Mendonça recebeu ordem do marido para agir.

‘Mensageira’ – Os procuradores da República, Léa Batista, Marcelo Ribeiro e Daniel Salgado, do Ministério Público Federal (MPF) em Goiás, classificaram a mulher de Cachoeira como “mensageira do grupo criminoso” comandado por seu marido em Goiás.

“A ousadia da companheira de Carlinhos Cachoeira, ao chantagear e ofertar vantagem ao juiz federal, somadas às galhofas observadas durante a audiência, mostra o desprezo e a afronta de Carlos Augusto de Almeida Ramos e de pessoas ligadas ao ‘capo’ do grupo criminoso”, disse Daniel Salgado.

Continua após a publicidade

Durante entrevista coletiva, a procuradora Léa Batista afirmou que a suposta investigação sobre a vida do juiz demonstrou, na prática, que o grupo de Cachoeira “continua ativo”, mesmo após a sua prisão.

O Ministério Público revelou que Andressa Mendonça está sendo investigada em outros dois inquéritos policiais pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção no caso da fazenda Santo Luzia, adquirida em Luziânia, no entorno do Distrito Federal, para lavar o dinheiro do grupo de Cachoeira. De acordo com o MPF em Goiás, se for também condenada por corrupção ativa, Andressa Mendonça pegará uma pena de 22 anos de prisão.

(Com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.