Paulo Roberto Costa está ‘agradecido’ ao STF
Advogado do ex-diretor da Petrobras afirma que cliente está aliviado. Pedido de liberdade foi encaminhado há 20 dias
Depois de 59 dias preso, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa está, finalmente, “animado e extremamente agradecido ao STF”. Foi essa a reação de Costa após receber a notícia de que o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, havia concedido habeas corpus aos presos da Operação Lava-Jato, segundo o advogado Fernando Fernandes. Zavacscki decidiu em favor de um pedido da defesa do ex-diretor.
Costa recebeu a decisão do STF com alívio. “Ele ficou aliviado com o fato de o STF reconhecer a ilegalidade do que vinha acontecendo com todos os presos da Operação Lava Jato”, disse. Segundo Fernandes, durante o processo de análise do pedido o ministro chegou a receber a defesa de Costa duas vezes em seu gabinete. O pedido pela liberdade do ex-diretor, suspeito de crime de lavagem de dinheiro, foi encaminhado há 20 dias à Corte.
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“É um caso complexo. Não foi do dia para a noite que ele deferiu. O ministro levou noites analisando o processo e teve muito tempo para meditar (sobre a decisão)”, contou Fernandes.
Nos período em que esteve detido, Costa teria sofrido ameaças, afirma seu advogado, que também fala que o ex-diretor foi submetido a “tratamento desumano”. “Ele estava mal”, afirmou.
Fernandes sabe que seu cliente, uma vez solto, será um dos convocados preferenciais da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, principalmente da comissão mista, que pode começar seus trabalhos esta semana. O advogado disse que agora a defesa se dedicará a analisar “os próximos passos” do ex-diretor da estatal.
(Com Estadão Conteúdo)