Os tropeços de Celso Amorim
Chanceler defendeu ditadores e ignorou violações aos direitos humanos
Será difícil um sucessor superar Celso Amorim. Ao menos no quesito trapalhadas. Os oito anos dele à frente do Ministério de Relações Exteriores renderam ao país uma coleção de pérolas da (anti) diplomacia. A obsessão – até agora frustrada – de conquistar para o Brasil uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas levou o chanceler a defender ditadores e ignorar violações aos direitos humanos tão graves quanto o massacre de 300.000 pessoas em Darfur, no Sudão.
O próprio Amorim reconhece: está com um pé fora do Itamaraty. Na última semana, em discurso na Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, usou um tom de despedida para fazer um balanço de sua atuação no governo Lula. Ao ser questionado sobre sua permanência na gestão Dilma Rousseff disse estar “desfazendo” seu gabinete. O chanceler sequer acompanhou o presidente à reunião do G20, no início de novembro, o mais importante fórum mundial.
Confira os principais momentos da atuação de Amorim à frente do Itamaraty: