Operadores do Hopi Hari têm depoimentos divergentes
Funcionários não se acertam sobre quem tinha sob responsabilidade o setor em que Gabriella Yukari Nichimura se sentou com a família no dia de sua morte
Os funcionários do parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo, interior de São Paulo, apresentaram versões divergentes em depoimentos prestados à Polícia Civil, que investiga a morte de Gabriella Yukari Nichimura, no último dia 24. Segundo o delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior, que preside o inquérito, a principal incongruência recai sobre os setores que estavam sob responsabilidade de cada um. Até agora, ninguém assumiu estar atuando no setor 3 do brinquedo La Tour Eiffel, de onde a jovem de 14 anos despencou. Ela ocupava uma cadeira desativada havia cerca de dez anos.
Foram ouvidos os operadores Edson da Silva, Marcos Antônio Tomás Leal e Vitor Igor de Oliveira. Com isso, ganha força a possibilidade de a polícia convocar uma acareação entre todos os operadores que trabalhavam no brinquedo no momento do acidente. Nesta terça, Santucci havia dito à imprensa que, caso fossem observadas versões distintas nos depoimentos, ele agendaria uma acareação para “identificar quem estaria mentindo”.
Versões – Para tanto, é preciso aguardar o término dos depoimentos das outras duas operadoras da atração, que devem acontecer até o fim da tarde desta quarta. Amanda Cristina Amador e Luciana de Lima Ribeiro chegaram à delegacia da cidade de Vinhedo às 11h15 e começaram a ser ouvidas, separadamente, por volta das 15 horas.
“Houve divergências nas versões dadas por Marco e Vitor e, agora, pelo Edson. Inicialmente, os dois primeiros disseram que Edson estava no setor 3 e Marcos no 2. Edson disse que ele não estava no 3, mas sim no 2. Quem estava no 3 seria o Marcos”, diz o delegado.
A Santucci, Edson da Silva disse que atuava na operação do brinquedo havia duas semanas. Esta seria a sexta vez em que ele trabalhava na operação. “Ele disse que trabalhou sexta, sábado e domingo e, depois, mais uma sexta, sábado e domingo”.