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Ministério Público denuncia acusados de matar cinegrafista por homicídio doloso

Promotora pediu que acusados fiquem detidos em prisão preventiva até o julgamento. Caio Souza e Rafael Raposo devem responder ainda por explosão

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
17 fev 2014, 16h35

Os dois acusados de matar o cinegrafista Santiago Andrade, da rede Bandeirantes, foram denunciados à Justiça nesta segunda-feira pelo Ministério Público do Estado do Rio. O auxiliar de serviços gerais Caio Silva de Souza e o tatuador Rafael Raposo Barbosa, conhecido como “Fox”, ambos de 22 anos, devem responder por homicídio doloso (com intenção de matar) triplamente qualificado – o MP considerou que houve motivo torpe, que a vítima não teve possibilidade de defesa e que foi usado um artefato explosivo para tirar a vida da vítima. Os dois também responderão pelo crime de explosão em área pública – com pena de até quatro anos.

A denúncia indica que o entendimento do MP é mais duro que o da Polícia Civil, que enquadrou os ativistas em apenas uma qualificadora para o crime de homicídio (uso de artefato explosivo). A promotora Vera Regina de Almeida, da 8ª Promotoria de Investigação Penal (PIP), concordou com o delegado Maurício Luciano de Almeida, responsável pelas investigações, e requereu à Justiça a conversão da prisão de Raposo e Souza de temporária para preventiva – sem prazo determinado. Os dois estão presos temporariamente no complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

O procedimento foi encaminhado à 3ª Vara Criminal do Rio. Caso o juiz Murilo Kieling aceite a denúncia do MP, será aberta ação penal. Com isso, Raposo e Souza passarão da condição de acusados a réus. Se o magistrado decretar a prisão preventiva dos dois, eles permanecerão atrás das grades até o julgamento, a não ser que obtenham habeas corpus em instâncias superiores. Se ao final da instrução do processo o juiz decidir pronunciá-los, eles serão julgados por um júri popular.

Os dois rapazes estão com a prisão temporária expedida, por 30 dias, desde a última segunda-feira. Caio foi preso na quarta-feira, após se entregar em Feira de Santana, na Bahia. Fábio se apresentou à polícia no dia 9 de fevereiro e está preso desde então. Eles foram reconhecidos em vídeos e fotos da manifestação do dia 6 de fevereiro. Nesse protesto, o cinegrafista Santiago Andrade acabou atingido na cabeça pelo rojão e faleceu alguns dias depois.

Em depoimento a policiais, Caio e Fabio confessaram que lançaram o rojão. Na última quinta-feira, um colega de trabalho de Caio disse ainda que o suspeito confessou, em uma ligação depois do protesto, que tinha matado uma pessoa na manifestação.

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