Nível do Cantareira continua caindo
Nesta segunda-feira, o manancial apresentou queda para 26,3% da capacidade. Antes da captação do volume morto, na quinta, nível era de 8,2%
A forte chuva que caiu neste domingo sobre a Região Metropolitana de São Paulo surpreendeu moradores pela quantidade de granizo que se acumulou nas ruas. Era possível ver vias e telhados de casas cobertos de gelo, como se tivesse nevado. A grande quantidade de gelo e água na cidade não fez o nível dos reservatórios que abastecem o Sistema Cantareira aumentar. Pelo contrário, o nível do Cantareira continua baixando, apesar da captação do volume morto.
O nível, que logo após o início da captação desse volume subiu para 26,7%, na última sexta-feira, continua diminuindo a cada dia e nesta segunda-feira já registra 26,3%. O uso do volume morto começou na última quinta e, antes de ser iniciado, o nível da represa era de 8,2%.
Reservatórios que abastecem o Cantareira estão localizados nos extremos da cidade. Um deles, o Alto Tietê, na Grande São Paulo, não recebeu água da chuva deste domingo. O volume fluviométrico não foi suficiente para elevar o nível de abastecimento. A represa de Guarapiranga também não marcou melhora no nível da água.
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Reflexos – A chuva de granizo, considerada um fenômeno, provocou atrasos nos voos dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. Os dois locais ficaram fechados por cerca de meia hora.
O temporal não durou o muito e, apesar da intensidade, não foi suficiente para causar grandes estragos. A chuva de granizo ocorre quando há chegada de “jatos” de ventos de até 215 quilômetros por hora que, no caso, estavam a dez quilômetros da superfície. A capital paulista não registra uma chuva significativa como esta desde o dia 15 de abril.
(Com Estadão Conteúdo)