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Mendes Ribeiro, o fiel aliado de Dilma

Indicado para o ministério da Agricultura é amigo da presidente há 30 anos. Exoneração de Wagner Rossi não saiu no Diário Oficial desta quinta-feira

Por Carolina Freitas
18 ago 2011, 10h56

O deputado federal Mendes Ribeiro Filho pode não saber distinguir um pé de alface de um pé de couve, mas tem um ponto forte para assumir o Ministério da Agricultura: uma relação de lealdade com a presidente Dilma Rousseff. O gaúcho de 57 anos comprou briga com o PMDB do Rio Grande do Sul nas eleições presidenciais de 2010, por fazer campanha para a presidenciável petista. No estado, o PMDB apoiava o tucano José Serra. Dilma e Mendes Ribeiro se conhecem há trinta anos. A relação entre os dois se estreitou em 1980, quando o hoje deputado federal, formado em Direito, trabalhou na elaboração da Constituição gaúcha, ao lado do então marido de Dilma, Carlos Araújo. A presidente, nascida em Minas Gerais, construiu sua carreira política no Rio Grande do Sul. A saída de Mendes Ribeiro da Câmara para assumir o ministério provoca mal-estar com o PT, mas resolve um problema com o PMDB. O suplente de Mendes Ribeiro é Eliseu Padilha, também do PMDB gaúcho – desafeto do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, mas amigo do vice-presidente da República, Michel Temer. Atualmente, Padilha preside a Fundação Ulysses Guimarães, em Brasília. Mendes Ribeiro deixa vago também o cargo de líder do governo no Congresso – e os senadores do PMDB já articulam para ocupar o espaço. Assim, ao fim e ao cabo, o PMDB conseguiu manter o ministério, a vaga na Câmara e a liderança no Congresso. Dilma Rousseff, como se vê, também teve participação na escolha – ao contrário do que Temer esforçou-se em divulgar na noite de quarta-feira: que a indicação do substituto de Wagner Rossi seria uma decisão exclusiva do PMDB. Mendes Ribeiro Filho nasceu em Porto Alegre e começou na política aos 28 anos, quando foi eleito vereador pela cidade. Exerceu dois mandatos de deputado estadual e, quando indicado para o ministério de Dilma, ocupava seu quinto mandato na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Sem exoneração – O Diário Oficial da União desta quinta-feira não traz a exoneração do ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi. Nos casos de outros ministros que deixaram o governo, a publicação foi feita no dia seguinte à queda. Após sucessivos escândalos, mostrados por VEJA, Rossi entregou na quarta, por volta das 19 horas sua carta de demissão a Dilma. Como a demissão foi pedida no início da noite, haveria tempo para que a decisão entrasse no Diário Oficial – onde são publicados todos os atos públicos do governo e dos órgãos públicos. A Imprensa Nacional, no entanto, não recebeu qualquer ofício da Presidência pedindo a publicação da exoneração. Também não está prevista a publicação de uma edição extra do Diário com a notícia. O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nomeação de Mendes Ribeiro como titular da Agricultura, mas o anúncio deve ser feito ainda hoje. Nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff está em São Paulo, para o lançamento regional do Programa Brasil Sem Miséria.

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