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Marconi Perillo pede para ser ouvido na CPI

Tucano, que aparece em grampos da PF parabenizando Carlinhos Cachoeira por seu aniversário, é suspeito de ter colocado autarquias do Executivo goiano à disposição das atividades criminosas do bicheiro

Por Da Redação 29 Maio 2012, 17h49

Para evitar um desgaste maior que uma convocação seguida da possível quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), apareceu de surpresa na CPI do Cachoeira, nesta terça-feira, e pediu para ser ouvido de imediato. O governador, que aparece nos grampos da Polícia Federal (PF) parabenizando o contraventor Carlinhos Cachoeira por seu aniversário, é suspeito de ter colocado autarquias do Executivo goiano à disposição das atividades criminosas do bicheiro.

“Não sou acusado de nada. Me coloquei à disposição para ser investigado junto ao procurador-geral da República e desde o início me coloquei à disposição para vir aqui, se for necessário”, disse Perillo. “Não estou preocupado com quebra de sigilo. Meu sigilo já foi quebrado em outras ocasiões. Eu mesmo já pedi a quebra do meu sigilo quando fui candidato a governador em 1998”, completou o governador.

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), argumentou que a assessoria técnica do Senado ainda avalia a possibilidade jurídica de convocar governadores sem autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para não levar a voto nesta terça as convocações de Perillo, do petista Agnelo Queiroz (DF) e do peemedebista Sergio Cabral (RJ). Essa discussão jurídica havia sido finalizada na segunda-feira pelo próprio Vital, que defendera as convocações. Nesta terça, no entanto, o senador disse que até o dia 5 de junho dará uma resposta final sobre o tema.

Para o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), embora a convocação dos governadores possa ser juridicamente possível, não é o momento de ouví-los na comissão. “Defendo a convocação dos governadores, mas acho que não é nesse momento que eles devem comparecer à CPI. É preciso que a gente conclua a análise da quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de toda a organização criminosa e aí eles podem estar presentes na CPI”, disse. “Estamos criando um conjunto de provas necessárias à oitiva de governador mais à frente”.

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Requerimento – Nesta terça-feira, Marconi Perillo entregou à CPI um requerimento em que pede para prestar depoimento mesmo que não seja aprovada sua convocação. “Vim espontaneamente à CPI, entreguei um requerimento ao presidente, senador Vital do Rêgo, me colocando à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos sobre a minha ação, o meu governo ou quaisquer dúvidas em relação à minha lisura”, afirmou.

O governador negou manter relações pessoais com Cachoeira, embora já tenha recebido o contraventor na sede do governo goiano, e disse que sua gestão também não está contaminada pelo esquema criminoso do bicheiro. “Há uma escuta onde eu cumprimento o empresário Carlos Cachoeira pelo seu aniversário. Um único telefonema. Não há nenhum envolvimento dele ou de sua organização no governo do estado. Tomamos todas as medidas que eram necessárias ao longo de um ano e cinco meses de governo para combater jogos clandestinos, caça-níqueis”, relatou.

“Estive com ele pouquíssimas vezes em encontros absolutamente fortuitos. Não tive jamais qualquer tipo de relacionamento com ele, a não ser uma vez que eu o recebi no Palácio e duas ou três poucas vezes que eu o encontrei em eventos festivos ou sociais”, disse o governador. A tese do tucano para afastar a imagem de Carlinhos Cachoeira de seu governo é a de que foram feitas cerca de 800 operações policiais desde o início do ano passado, quando tomou posse, contra o esquema de exploração de jogos ilegais.

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“Se eu tivesse qualquer tipo de relação com ele é claro que esse tipo de ação não teria ocorrido. Nunca houve qualquer tipo de relação desse grupo com o governo do estado. Posso assegurar e direi isso à CPI”, afirmou.

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