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Em BH, confronto entre manifestantes e PM

Protesto começa de forma pacífica e reúne mais de 60.000. Grupo entra em choque com militares e há registro de atos isolados de vandalismo

Por Da Redação
22 jun 2013, 16h31

Após uma semana de atividade intensa, manifestantes voltaram às ruas de algumas cidades brasileiras neste sábado. Em Belo Horizonte, os protestos começaram de forma pacífica, mas houve confronto com a Polícia e registros isolados de vandalismo. No início da noite, no bairro São Francisco, próximo à região da Pampulha, um grupo tentou atacar um quartel do Corpo de Bombeiros: a Polícia Militar e homens da Força de Segurança Nacional se dirigiram para o local e evitaram a ação. A Polícia Militar (PM) estima que o número de manifestantes que foram às ruas neste sábado pode ter ultrapassado as 60.000 pessoas.

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A manifestação teve início por volta das 13h30 na Praça Sete, no centro da capital mineira. Em clima de festa, manifestantes promoverem roda de capoeira, oficina de confecção de cartazes e outras atividades. Dali, eles caminharam em direção à Pampulha, distante oito quilômetros. O governo mineiro havia informado que não permitiria acesso de manifestantes às imediações do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão – onde seria realizada a partida Japão x México, pela Copa das Confederações.

Já na Pampulha, houve uma divisão dos manifestantes. Segundo a PM, uma parcela deles tentou furar o cordão de isolamento por volta das 16h, nas imediações da UFMG – a apenas 500 metros do Mineirão. Em seguida, começaram os disparos de rojões contra a Tropa de Choque, também atacada com pedras e bolas de gude. Os militares reagiram com bombas de efeito moral.

Por volta das 18h, a tensão crescia na região do cruzamento das Avenidas Antonio Carlos e Abraão Caran. A PM mantinha um cordão de isolamento, usando a cavalaria. Um helicóptero dava cobertura à operação. A Força afirma que isolou a área para reduzir os confrontos e impedir a ação de bandidos infiltrados entre os manifestantes: mascarados, eles atearam fogo em pneus e destruíram uma concessionário de veículos da marca Hyundai. Uma agência do Banco do Brasil e uma loja da montadora Peugeot também foram depredadas. Por volta das 19h, começou a dispersão em direção ao centro da cidade.

Duas cabines da PM foram incendiadas por vândalos, que também destruíram radares instalados na avenida Antônio Carlos. No entroncamento das Avenidas Antônio Carlos e Américo Vespúcio, houve outro confronto com militares, por volta das 20h. Um grupo voltou a atirar pedras e a polícia reagiu com mais bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

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O jornal O Estado de Minas informou que quatro militares ficaram feridos no confronto. Segundo o tenente-coronel Alberto Luíz, chefe de comunicação da PM mineira, um deles foi hospitalizado após levar uma pedrada no olho. O militar afirmou também que os manifestantes usaram bombas de fabricação caseira.

De acordo com o jornal, ao menos oito manifestantes ficaram feridos. Entre as vítimas, estão dois jovens que caíram do Viaduto José Alencar durante o tumulto ocorrido no local.

A PM informou ainda que cerca de 500 manifestantes também protestaram na BR-040 e fecharam a via por cerca de 1h30, no sentido Rio de janeiro. Além da capital, também são realizadas manifestações nos municípios mineiros de Contagem, Betim e Santa Luzia.

O protesto em Belo Horizonte é o maior entre os convocados para este sábado, um dia depois de a presidente Dilma Rousseff fazer um pronunciamento na TV em que propôs um pacto nacional para melhorar os serviços públicos. Dilma afirmou também que não vai tolerar atos de violência entre as manifestações.

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