Justiça Federal ouve testemunhas do caso Cachoeira
Nesta terça, serão ouvidos quatro policiais e 11 testemunhas de defesa. O bicheiro e seus comparsas vão prestar depoimento na quarta-feira em Goiás
O juiz federal Alderico Rocha Santos começa a ouvir nesta terça-feira, em Goiânia, os depoimentos de testemunhas de defesa e de acusação que vão embasar o processo judicial aberto sobre o esquema de contravenção e corrupção de autoridades coordenado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira. A partir das 9 horas, prestam depoimento quatro policiais convocados pela acusação. Em seguida, depõem 11 testemunhas de defesa.
O próprio Carlinhos Cachoeira vai depor nesta semana. Ele e seus comparsas – Gleyb Ferreira da Cruz, Idalberto Matias de Araújo, o Dada, José Olímpio de Queiroga Neto, Lenine Araújo de Souza, Raimundo de Sousa Queiroga e Wladmir Garcez – serão ouvidos na quarta-feira. Escoltado por três viaturas policiais, o bicheiro viajou de Brasília a Goiânia para os depoimentos já nesta segunda. Recebeu um bilhete da mulher, Andressa Mendonça, e passou por avaliações médicas.
Acusado de exploração de jogo ilegal, corrupção e formação de quadrilha, Carlinhos Cachoeira conseguiu, no final de maio, adiar os depoimentos sobre o esquema de contravenção em Goiás. Uma liminar do desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, cancelou na época todas as oitivas do caso até que fossem feitas diligências e disponibilizados documentos à defesa do contraventor, como extratos telefônicos com conversas interceptadas pela polícia.
Às vésperas das audiências desta semana, Cachoeira sofreu mais um revés judicial. Preso desde o dia 29 de fevereiro, o contraventor teve um novo pedido de liberdade negado. Desta vez, a decisão coube ao presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pangendler. Na semana anterior, a defesa do bicheiro já havia tentado, também sem sucesso, adiar os depoimentos marcados para esta terça e quarta-feiras na 11ª Vara da Justiça Federal.