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Juíza federal discrimina porteiro e vira alvo de processo

Edna Carvalho Kleemann, da 12ª Vara Federal do Rio de Janeiro, xingou o porteiro do prédio onde mora e será processada por danos morais e racismo

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 mar 2015, 21h58

A lista de magistrados com posturas incorretas ganhou mais um nome no Rio de Janeiro. A juíza Edna Carvalho Kleemann, da 12ª Vara Federal, xingou o porteiro do prédio onde mora, em Copacabana, na Zona Sul da cidade, e será processada nas esferas civil e criminal. Em e-mail à administração do edifício, Edna solicitou a demissão do funcionário por ele não entregar o boleto do condomínio em seu apartamento. Na alegação final, chama Jailson Trindade de Andrade, de 42 anos, um negro que sofre de obesidade mórbida, de “bolo de banha”.

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“Quero, exijo e não vou descansar enquanto este ‘bolo de banha’ trabalhar no condomínio, já que sou eu, proporcionalmente, quem paga o salário deste funcionário relapso e desidioso”, escreveu. O texto causou alvoroço no edifício. Advogados e desembargadores que também moram no local saíram em defesa do porteiro e contrataram um escritório de advocacia para auxiliar Andrade nos processos. Na próxima semana, entrarão na Justiça com uma ação por danos morais e outra por racismo.

A confusão começou há cerca de quatro meses, quando a juíza viu o porteiro cochilar em horário de trabalho. Desde então, moradores dizem que ela teve postura implacável para demitir o funcionário. Reclamam também do “autoritarismo” dentro do prédio, como se a magistrada estivesse sempre em um tribunal. “Um dia ela deu ordem de prisão a um rapaz que podava árvore, alegando desmatamento ilegal, o que era mentira”, diz um morador. A magistrada não foi encontrada pelo site de VEJA para comentar as acusações.

Turma – O caso não é isolado. Outros episódios também ilustram a conduta inapropriada de um grupo de magistrados do Rio. Nas últimas semanas, o juiz Flávio Roberto de Souza, até então responsável pelo caso de Eike Batista, circulou em um Porsche apreendido do ex-bilionário e guardou outros dois carros e um piano no condomínio onde mora. No ano passado, o ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE/RJ) Bernardo Garcez disse em reunião, registrada em ata, atrocidades contra os adversários: “Desde que quebrei a cara do doutor Gabriel Zefiro [um desembargador], nunca mais andei armado. Uma surra [de] 128.000 reais, imagina um balaço”. Também entra nesse balaio o juiz João Carlos de Souza Correa. Em 2011, ele deu voz de prisão à agente da operação Lei Seca que o havia parado por dirigir um carro sem placa e por não portar a Carteira Nacional de Habilitação.

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