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Janot nega que PGR tenha vazado pedidos de prisão: MP não é ‘justiceiro’

Durante evento em Brasília, o procurador-geral da República afirmou que não tem transgressores "preferidos" e que ninguém "estará acima da lei, no que depender do Ministério Público"

Por Da Redação
10 jun 2016, 14h58

Em um pronunciamento duro e inesperado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta sexta-feira que o Ministério Público não é “justiceiro” e negou que o órgão tenha sido responsável por vazamentos da Operação Lava Jato. Em evento em Brasília que reuniu integrantes do MP, Janot afirmou que ninguém está acima da lei e que não tem “transgressores preferidos”.

Janot fez menção direta à divulgação recente dos pedidos de prisão contra quatro dos principais nomes do PMDB e chamou de “levianas” as acusações de que o vazamento tenha saído da própria Procuradoria-Geral da República (PGR) para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a mandar prender os políticos. Ele apontou que a teoria foi disseminada por “figuras de expressão nacional que deveriam guardar imparcialidade e manter o decoro”.

“O vazamento não foi da PGR. Aliás, envidarei [empenharei] todos os esforços que estiverem ao meu alcance para descobrir e punir quem cometeu esse crime. Como hipótese investigativa inicial, vale a pergunta: ‘A quem esse vazamento beneficiou?’ Ao Ministério Público não foi”, disse. Sem citar nomes, o ministro do STF Gilmar Mendes, nesta semana, criticou os vazamentos, dizendo tratar-se de uma “brincadeira” com a Suprema Corte.

Janot disse também que não faz distinção entre os investigados. “Nunca terei transgressores preferidos, como bem demonstra o leque sortido de autoridades investigadas e processadas por minha iniciativa perante a Suprema Corte. Da esquerda à direita; do anônimo às mais poderosas autoridades, ninguém, ninguém mesmo, estará acima da lei, no que depender do Ministério Público”, completou.

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Justiceiro – O procurador-geral da República disse cumprir com o dever estrito da função que exerce e que não hesitará em investigar, processar e buscar a punição de corruptos, sem, no entanto, se desviar da lei. “Ser Ministério Público não é ser justiceiro. Rechaço enfaticamente a possibilidade de agir motivado por objetivo que não seja o cumprimento isento da missão constitucional que me cabe desempenhar como membro do Ministério Público.”

Janot também fez um balanço sobre o trabalho no MP, destacou as dificuldades para chegar até o cargo e afirmou que nunca buscou ser unanimidade na vida pública. “Nunca esperei que, nesse árduo trabalho, fosse possível ao Ministério Público passar incólume a críticas, nem que me fosse dado pairar sobranceiro aos interesses de fortes estruturas que parasitam o Estado e se beneficiam há décadas da usurpação do patrimônio de todos.”

2018 – Janot também rebateu as especulações de que as medidas que estava tomando à frente da Procuradoria-Geral da República teriam como objetivo cacifá-lo para concorrer à Presidência em 2018. Ele afirmou que vai se aposentar assim que terminar deixar o cargo, em 1 ano e quatro meses. “Reafirmo, aqui, que não serei candidato a qualquer cargo eletivo seja no Executivo, seja no Legislativo”, disse.

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(Com Estadão Conteúdo)

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