Itália adia até 22 de setembro extradição de Pizzolato

Conselho de Estado pediu mais informações sobre o caso e vai analisar pedido da defesa para que ele cumpra pena no país europeu

Por Da Redação
24 jun 2015, 09h06

Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing Banco do Brasil (Mastrangelo Reino/Estadão Conteúdo)

O Conselho de Estado da Itália decidiu nesta quarta-feira suspender até 22 de setembro a extradição do ex-presidente do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. De acordo com o telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, o conselho pedirá ao Ministério da Justiça italiano que forneça mais documentos sobre o caso, e seguirá analisando pedido da defesa do mensaleiro para que ele cumpra pena no país europeu. É a terceira vez que uma instância administrativa impede que Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no julgamento do mensalão, seja enviado de volta ao Brasil.

Pizzolato atualmente está preso em Modena, na Itália, depois de ter conseguido fugir das autoridades brasileiras. Ele começou a tramar sua fuga do país em 2007, forjando documentos brasileiros e italianos em nome do irmão, Celso Pizzolato, morto em 1978. O ex-dirigente do BB foi capturado em fevereiro do ano passado e recentemente havia prometido fazer greve de fome em protesto contra sua extradição, autorizada na semana passada pelo Tribunal Administrativo Regional de Lazio.

Depois de uma fuga hollywoodiana para a Argentina e para a Espanha até chegar à cidade italiana de Maranello, onde acabou preso, Henrique Pizzolato chegou a conseguir uma primeira vitória na justiça da Itália, que negou no final do ano passada extradição do ex-dirigente do BB após acatar o argumento de que o sistema carcerário brasileiro não tinha estrutura suficiente para abrigar o condenado. Recursos do governo brasileiro e a garantia de que o presídio da Papuda, em Brasília, tinha condições adequadas para receber o mensaleiro, viraram o jogo em favor da extradição, mas as recentes decisões administrativas paralisaram o processo.

(Da redação)