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Menor assassino não é problema social, diz Eduardo Paes

Prefeito do Rio afirma que a região turística da Lagoa, onde ciclista morreu esfaqueado, 'não é mal cuidada' e que 'jovens infratores são caso de polícia'

Por Da Redação
21 Maio 2015, 15h20

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), disse nesta quinta-feira que os menores suspeitos de matarem a facadas o médico e ciclista Jaime Gold, de 57 anos, precisam ser tratados como “delinquentes”. “O que a gente vê nesses casos é uma pessoa que sai armada de uma faca, agride, a ponto de levar essa pessoa à morte. É um delinquente que tem que ser tratado com a dureza da força policial. Não tem jeito. Isso não é um problema social”, disse o prefeito. Responsável pela política de Segurança Pública no Rio, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), aliado de Paes, preferiu criticar a liberação de menores infratores pela Justiça em reação ao latrocínio. Pezão disse que apenas ação das polícias Civil e Militar não era o bastante para evitar os crimes.

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Nesta quinta, um adolescente de 16 anos foi apreendido pela polícia suspeito de participação no crime na Lagoa Rodrigo de Freitas, área nobre na Zona Sul do Rio. “Criança, menor, praticando crime é um problema de polícia, não é um problema social. O poder público tem a responsabilidade de acolher, mas quando você tem alguém esfaqueando a ponto de matar, isso deixa de ser um problema social e passa a ser uma ação criminosa”, defendeu. “A gente precisa diferenciar o delinquente do problema social. Não se pode justificar tudo pelo problema social.”

Na avaliação de Paes, muitas vezes crimes são atenuados com a justificativa de que são praticados por menores de rua ou em situação de vulnerabilidade social, o que nem sempre é o caso. “Isso ficou claro naquele episódio que teve na Rio Branco que a TV Globo mostrou e se dizia ‘ah, o menor, o problema social’, e depois se viu que ele tinha 24 anos na cara e estava pela Avenida Rio Branco esfaqueando. Quando a polícia entrou acabou essa história”, destacou o prefeito, lembrando do caso recente de um homem que sofreu facadas numa parada de ônibus. “A gente tem desafios enormes no Rio no campo social, mas isso não pode justificar tudo. Isso levou o Rio a muitos problemas no passado.”

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Sobre as críticas à insegurança na região da Lagoa, um ponto turístico do Rio, Paes disse que “não é um lugar mal cuidado”. Ele disse que a iluminação, uma responsabilidade da prefeitura, foi trocada há cerca de dois anos, com a instalação de postes abaixo da copa das árvores e com luzes de Led. No entanto, os assaltos e furtos continuam a ocorrer. No mês passado, outro ciclista de 14 anos também havia sido esfaqueado na ciclovia da Lagoa, uma das mais movimentadas da cidade, e um homem recebeu golpes de faca durante um assalto em Ipanema, perto dali. Recentemente, uma mulher também foi vítima de facadas em Laranjeiras. No Centro do Rio, na Avenida Rio Branco, três jovens tentaram roubar o cordão de um homem de 52 anos e desferiram quatro facadas nele no início deste mês. E nesta quarta, após a morte de Jaime Gold, uma mulher de 31 anos foi esfaqueada durante um assalto em São Conrado.

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(Da redação, com Estadão Conteúdo)

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