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Internet: o campo da batalha entre Serra e Haddad

Tucanos e petistas já se enfrentam no ambiente virtual e lançam mão de TV na web, jogos e aplicativos para conquistar o voto do eleitor

Por Carolina Freitas
21 jul 2012, 11h10

Antes de ganhar força nas ruas, a campanha eleitoral em São Paulo ganhou corpo na internet. A semana foi marcada pela troca de farpas entre petistas e tucanos, tanto no mundo virtual quanto no real. O bate-boca atingiu seu ápice na sexta-feira, quando o candidato do PSDB, José Serra, comparou a ação do PT na web à atuação de tropas nazistas. O cenário traz à memória a campanha de 2010, quando as redes sociais tiveram, pela primeira vez, papel de destaque em uma disputa eleitoral. Leia também:

Serra e Russomano lideram pesquisa eleitoral em SP Serra a VEJA: ‘Quero debater a cidade, não especular sobre 2014’ Haddad a VEJA: ‘Quem determina o caminho sou eu’ No Twitter desde 2009, quando era governador, Serra é alvo de constantes ataques na internet, mas só agora decidiu falar publicamente sobre as ofensas. “A SA nazista hoje tem outra configuração no Brasil atual. É via internet”, disse o tucano na sexta. Estudos internos da campanha tucana apontam que 60% dos ataques virtuais a Serra no Twitter são procedentes de fora da cidade de São Paulo – grande parte deles feitos por robôs, em perfis falsos. Para tentar fazer frente aos detratores virtuais, uma das tarefas da equipe de 50 pessoas contratada para cuidar na campanha tucana na internet é de monitoramento, para tentar identificar os primeiros movimentos de eventuais ações contra o candidato e mapear de onde elas partem. Um experiente estrategista de marketing digital que trabalha com políticos estima que a rede de pessoas engajadas com o PT na internet é pelo menos quatro vezes superior a dos simpatizantes do PSDB. Apesar da força da militância, os candidatos do PT são pouco afeitos à interação na web. Em abril de 2010, a então presidenciável Dilma Rousseff abriu uma conta no Twitter. Só a atualizou, no entanto, até o fim do ano eleitoral. Apesar do 1,5 milhão de seguidores, a página da presidente agora vive às moscas. Haddad estreou no Twitter em agosto do ano passado, mas só passou a “tuitar” com frequência na última quarta-feira. Em 40 minutos, publicou treze tuites. Falou sobre sua biografia, cinema, a cidade de São Paulo e lançou a hashtag FH13, que teve de ser substituída no dia seguinte por H13 – depois de uma enxurrada de piadas de internautas associando a sigla ao nome do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Em dois dias, apenas cem pessoas passaram a acompanhar o perfil de Haddad, que tem quase 5000 seguidores. Serra, que atingiu no mês passado a marca de 1 milhão de seguidores, usará com parcimônia o perfil pessoal durante a campanha. Ele continuará falando sobre futebol, cinema, música e vida pessoal. Para assuntos eleitorais, criou um perfil de campanha, abastecido por sua equipe de comunicação. Além disso, os tucanos lançaram uma rede social exclusiva para simpatizantes do candidato, a “Serra Já”, onde é possível acessar conteúdos, se envolver com tarefas da campanha e interagir com outros militantes. Desde o dia 20, quando a ferramenta foi lançada, 2000 pessoas aderiram à plataforma. Apostas – As críticas de Serra à atuação do PT na web aconteceram dois dias depois de integrantes da Juventude do PSDB terem se passado por estudantes de universidades federais para protestar em um evento do candidato do PT, Fernando Haddad. Assim que foi descoberta a identidade dos jovens, a campanha petista levou o caso para a internet. Vídeo publicado no site oficial de Haddad na quinta apresentava o episódio como “a farsa tucana”. O uso de conteúdo em vídeo é um dos trunfos da campanha de Haddad na internet. O site do candidato foi organizado como um canal de TV na web, com o nome de “Pense Novo TV”. Logo na estreia da página, foi publicado com destaque um depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal cabo eleitoral do candidato a prefeito. Além disso, a campanha utiliza boletins informativos em vídeo com as informações mais relevantes de cada dia. O site oficial de Serra investe no conteúdo informativo e na interação. “As novas mídias não serão usadas como panfleto de campanha, mas como um meio de conversa com o eleitor”, explica Bruno González, responsável pela coordenação da estratégia digital da campanha tucana. Para isso, os tucanos vão apostar em aplicativos, jogos e em um mapa interativo onde o internauta pode postar sugestões de melhorias para o bairro em que vive. Enquanto a campanha ganha fôlego, a página mais acessada do site de Serra é aquela onde é possível baixar o ringtone do jingle da campanha, paródia do sertanejo-chiclete “Eu quero tchú, eu quero tchá”. Até sexta, a música teve 3.000 downloads.

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