Hopi Hari fecha acordo com família de estudante morta
Os pais de Gabriela Nichimura pediam 4,6 milhões de reais. O valor, entretanto, não foi divulgado por determinação judicial
Pouco mais de um ano depois da morte da estudante Gabriela Nichimura, que despencou de um brinquedo no Hopi Hari, a família da vítima e o parque de diversões entraram em um acordo sobre a indenização por danos morais pelo acidente. Os pais de Gabriela pediam 4,6 milhões de reais. O valor, entretanto, não foi divulgado por determinação judicial.
“O acordo de hoje não terá qualquer interferência no processo criminal”, salientou Ademar Gomes, advogado da família de Gabriela. “Nesse caso, a decisão pode demorar mais de 10 anos”.
Ademar não mostra otimismo com o desfecho do caso. “Eles estão sendo acusados de homicídio culposo, que prescreve em três anos”, explicou o advogado. “Tenho plena convicção de que este crime será prescrito. A Justiça é morosa demais”.
Acidente – Gabriela estava a uma altura entre 20 e 30 metros do chão quando caiu. Ela despencou do brinquedo La Tour Eiffel, uma réplica da famosa torre de Paris: um elevador de 69,5 m de altura, o equivalente a um prédio de 23 andares. Sentados e presos em um conjunto de quatro cadeiras, os usuários sobem a torre e caem em queda livre por três segundos, a uma velocidade de 94 quilômetros por hora.
No dia do acidente, a trava de segurança que prendia Gabriela se abriu. Depois, descobriu-se que a cadeira usada pela jovem estava interditada há anos e não poderia ter sido usada.
Gabriela tinha dupla nacionalidade (japonesa e brasileira), morava no Japão com os pais e uma irmã mais nova e estava em férias com a família na casa de parentes, em Guarulhos.