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Paulo Tadeu, secretário de Governo, rebateu acusações de João Dias, delator de suposto esquema de corrupção na capital federal

Por Gabriel Castro
8 dez 2011, 18h57

O secretário de Governo do Distrito Federal, Paulo Tadeu, à direita (Divulgação/VEJA)

O secretário de Governo do Distrito Federal, Paulo Tadeu, respondeu nesta quinta-feira às acusações feitas pelo policial militar João Dias, delator de um esquema de corrupção na capital federal. “Estou sendo vítima de uma grande armação. João Dias é apenas a ponta de lança desse esquema contra mim. Todos os fatos por ele relatados são mentirosos e fantasiosos”, afirmou Tadeu em entrevista coletiva.

Em depoimento à Polícia Militar obtido em primeira mão por VEJA, o soldado acusa o petista de ter orquestrado uma tentativa de suborno com 200 000 reais. Segundo Dias, o secretário também recebeu 500 000 reais durante a campanha, em um acordo que envolveu nomeações em companhias ligadas ao governo.

Paulo Tadeu diz que seu irmão Ricardo, uma das pessoas que o soldado aponta como integrante da comitiva que deixou o dinheiro em sua casa, estava no Rio de Janeiro no domingo, quando o delator alega ter recebido a visita do parente do secretário.

O petista também prometeu acionar o Ministério Público para investigar as declarações dadas por João Dias. Paulo Tadeu diz que, por ser da mesma cidade, já esteve com o soldado algumas vezes. Mas nega ter proximidade com João Dias: “Não tenho qualquer relação pessoal ou política com esse senhor. Nas poucas vezes em que tive a infelicidade de encontrá-lo, o que aconteceu entre nós foram apenas cumprimentos”, afirmou o secretário.

Sobre um esquema de arrecadação de recursos para a campanha petista à Presidência em 2006, Paulo Tadeu também negou. “Eu era candidato a deputado distrital, não coordenava uma campanha de presidente”, disse o petista.