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RJ: grande alvo em 2013, governo do Estado é esquecido

Pezão e Cabral, embora integrem a lista de Janot, não foram lembrados por manifestantes em Copacabana. Protestos se fixaram no governo federal

Por Leslie Leitão 16 mar 2015, 07h40

Apesar de ser um dos governadores que integram a lista do procurador-geral da República Rodrigo Janot, Luiz Fernando Pezão foi praticamente esquecido pelos cerca de 15.000 manifestantes que ocuparam a orla de Copacabana neste domingo. Ele e seu antecessor e padrinho político, Sergio Cabral, são acusados por um dos delatores do petrolão, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, de receber cerca de 30 milhões de reais do esquema criminoso para o caixa 2 da campanha de 2010.

Na última quinta-feira, o ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou a abertura de inquéritos para investigar a dupla do governo fluminense Cabral/Pezão, além do ex-secretário da Casa Civil, Régia Fichtner, e do governador do Acre, o petista Tião Viana. Mesmo recente, o fato não foi lembrado e nenhum dos gritos entoados durante as mais de quatro horas de protesto.

Mesmo quem tinha motivos mais concretos para reclamar do governo fluminense parecia ter esquecido dos políticos locais. A médica Angela Tenório, 61 anos, vociferava contra a presidente pelo abandono da saúde. Ela exibia um banner com a frase “Basta de genocídio”, e o rosto de Dilma Rousseff como a “Exterminadora do Futuro”, numa alusão ao personagem de Arnold Schwarzenegger.

As fotos retratavam um pouco do descaso no Hospital Estadual Rocha Faria, de onde ela foi demitida após brigas políticas internas: “Assassina do povo. Abandonaram a saúde”, dizia. Questionada pelo fato de a unidade hospitalar ser de responsabilidade do Estado, ela completou: “Ah, protesto contra eles também, porque são da mesma laia”.

Principal alvo das manifestações de 2013 – quando 1 milhão foram às ruas na noite de 20 de junho -, Cabral também foi completamente esquecido. Nada de helicópteros com cachorrinho ou guardanapos na cabeça. Uma dor de cabeça a menos para ele e para Pezão, que terão muito a explicar no STJ.

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