Governo do Rio quer traficante preso no Paraguai fora do estado
Secretário de Segurança José Mariano Beltrame pedirá à Justiça que bandido Polegar seja mantido em presídio federal, longe das favelas cariocas
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, pedirá à Justiça que o traficante Alexander Mendes da Silva, conhecido como Polegar, seja mantido em um presídio federal em outro estado. A medida, já adotada com outros chefões do tráfico, como Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, visa a evitar que os criminosos mantenham, de dentro da prisão, influência sobre seus comparsas, promovendo ataques e administrando negócios ilícitos.
Polegar foi preso na manhã desta quarta-feira no Paraguai, próximo à fronteira como o Brasil, na região de Pedro Juan Caballero – destino, segundo a polícia, comum de bandidos de favelas cariocas foragidos da Justiça. A prisão foi feita pela Polícia Federal (PF), com apoio da Secretaria de Segurança do estado do Rio. Segundo o governo do estado, a secretaria e a Polícia Federal mantiveram contatos nos últimos meses, para reunir informações sobre a movimentação de bandidos brasileiros em território paraguaio.
No momento da prisão, Polegar usava uma identidade falsa. Alexander portava documentos em nome de José Targino da Silva Júnior. Ele foi detido por autoridades paraguaias, que pediram à PF informações sobre José Targino. A PF, então, consultou a Secretaria de Segurança, que informou haver mandado de prisão contra ele. Só depois disso descobriu-se que, na verdade, tratava-se do ex-chefe do tráfico de drogas na Mangueira.
Polegar controlava o tráfico na favela da Mangueira, e ficou famoso em todo Brasil quando, em 2001, usou um caminhão para quebrar a parede da Polinter e libertar 14 de seus comparsas, então detidos na Polícia Civil, no centro do Rio.
O criminoso teria sido reconhecido por agentes paraguaios no momento em que comprava um carro de luxo.