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François Hollande, candidato do Partido Socialista às presidenciais da França

Por Por Fabrice Randoux
16 out 2011, 17h24

François Hollande, que aspira suceder Nicolas Sarkozy e tornar-se um presidente normal para a França nas eleições de 2012, deu este domingo um passo definitivo rumo a este objetivo, ao vencer o segundo turno das primárias abertas como candidato do Partido Socialista.

À frente do Partido Socialista francês durante 11 anos, Hollande encabeçava no domingo a primeira rodada das primárias socialistas abertas a simpatizantes de esquerda com 40% dos votos, seguido por Martine Aubry (30%) segundo resultados parciais.

Hollande, de 57 anos, saiu em campanha em 2010 ocupando o espaço que em matéria econômica e em meio de uma crise financeira sem precedentes na Europa deixava vago Dominique Strauss-Kahn, que estava então à frente do FMI.

O escândalo sexual em que Strauss-Kahn esteve envolvido este ano, acusado por uma camareira de hotel de Nova York de tentativa de estupro – a qual foi absolvido em setembro -, o tirou do mapa político francês ao menos no médio prazo, deixando assim a via livre para Hollande.

A juventude, a reforma fiscal e a forma de enfrentar a crise são as prioridades do candidato Hollande, que durante 11 anos dirigiu o PS francês.

No campo oposto à presidência “bling-bling” que representa Sarkozy – em alusão ao ruído que fazem jóias e relógios ostentatórios ao se chocar -, Hollande se apresenta como candidato a ser um “presidente normal”.

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“Estou convencido de estar de acordo com os tempos”, disse Hollande. “O próximo chefe de Estado tem que ser o oposto de Nicolas Sarkozy”, completa.

Filho de um médico ligado à extrema direita e de uma assistente social, François Hollande é conhecido por seu lado afável e seu senso de humor. Nestes anos soube mudar sua imagem e perdeu dez quilos pouco antes de lançar-se candidato à presidência francesa.

Companheiro sentimental por quase 30 anos de Ségolène Royal, mãe de quatro de seus filhos – possui outro filho pequeno com sua nova esposa, uma jornalista francesa – Hollande conseguiu distanciar-se de seus rivais na primária socialista durante os últimos meses.

Homem de poucas palavras em assuntos da sociedade, Hollande, que foi deputado e presidente regional, mas nunca ocupou um cargo ministerial, Hollande se mostra confortável ao falar de “seriedade orçamentária”, um ponto a seu favor em um momento em que a economia é tema dominante da campanha.

“O ponto fraco de François Hollande é a inação. Os franceses são capazes de citar uma única coisa que ele tenha feito em 30 anos de vida política”, afirmou Ségolène Royal semanas atrás, antes de dar a ele seu apoio entre os dois turnos para “amplificar” sua vitória no primeiro turno.

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Sua separação de Hollande caiu como um balde de água fria meses depois de sua derrota na presidencial francesa de 2007 frente a Nicolas Sarkozy.

Formado pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris e em duas das mais prestigiosas “grandes escolas” da França, Hollande é também um apaixonado por futebol.

Hollande tem uma nova companheira, a jornalista de política Valerie Trierweiler, a quem se refere como “a mulher da minha vida”. Depois de votar, no domingo, em seu reduto eleitoral de Tulle (centro da França), foi com ela para Paris.

Na biografia de sua página na internet, o político recorda sua primeira derrota nas legislativas de 1981 frente a Jacques Chirac – que lhe garantiu seu voto em 2012 – e se define como “socialista para a vida toda” que “repudia as batalhas internas”.

“Eleger é um ato de confiança” afirmou Hollande dias antes do segundo turno, que o consagrará como o primeiro candidato socialista francês egresso de primárias abertas, nas quais participaram quase três milhões de eleitores.

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