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Forças de segurança não estavam preparadas para protestos, diz Haddad

Prefeito criticou a atuação da PM durante protestos em junho e disse que a sede da administração municipal chegou a estar 'ameaçada'

Por Felipe Frazão 30 jul 2013, 21h26

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira que a Polícia Militar “parecia não estar preparada” para enfrentar os protestos que tomaram as ruas da capital paulista em junho.

“A situação chegou a um nível de tensão a ponto de o prédio da prefeitura estar ameaçado. A PM demorou mais de duas horas para chegar ao local. E portanto a cidade estava vivendo um clima de insegurança. Parecia que as forças de segurança não estavam preparadas para enfrentar aquele desafio. Havia muito vandalismo, muita agressividade e pessoas estavam sendo machucadas”, afirmou o petista, durante uma sabatina do jornal Folha de S.Paulo e do UOL.

Nesta terça-feira, vândalos voltaram a depredar a cidade durante uma passeata na Zona Oeste. Vinte pessoas foram detidas pela PM.

Ao longo dos protestos de junho, Haddad já havia dito que a PM cometeu “excessos”. O prefeito poupou de responsabilidade o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a quem a PM está subordinada. “Na comunicação com Alckmin conseguimos superar a situação. O governador teve pronto-atendimento”, disse Haddad.

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Numa das manifestações convocadas pelo Movimento Passe Livre (MPL), que organinzou passeatas contra o reajuste das tarifas de transporte público, a sede da prefeitura chegou a ser depredada e alguns vândalos tentaram invadir o prédio.

Nesta terça, o prefeito disse, porém, que se a tarifa de ônibus, trens e metrô tivesse sido reajustada em janeiro, não haveria protestos: “Se tivesse sido em janeiro, talvez não tivesse a onda de protestos que tivemos”. Haddad adiou o aumento para junho, a pedido da presidente Dilma Rousseff para conter a inflação, e depois revogou a medida a contragosto – em ato combinado com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

“Na véspera [da revogação], tivemos uma perda completa de controle sobre a cidade, estava sem comando do ponto de vista da segurança. Por muito pouco não perdemos dois prédios históricos da cidade, o prédio da prefeitura e o Theatro Municipal, que estava sendo atacado. Sem expectativa de que aqueles equipamentos seriam defendidos”, disse Haddad.

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Apesar das críticas, Haddad afirmou que vai solicitar a presença da Tropa de Choque para patrulhar o protesto agendado para quinta-feira, na frente do seu gabinete. O ato foi convocados pelos anarquistas Black Bloc – que pregam a depredação de símbolos do estado e do capitalismo, seja patrimônio público ou privado. “Isso aí é Choque. São policiais treinados para conter vandalismo, como aconteceu na Avenida Paulista e na prefeitura. Não é uma atividade trivial, é treinamento específico.”

PAC – A presidente Dilma Rousseff viajará para São Paulo para anunciar um pacote de investimentos. “Amanhã,[nesta quarta] São Paulo faz as pazes com o governo federal”, disse Haddad. Segundo o prefeito, a gestão Gilberto Kassab (PSD), seu antecessor,”adiou inexplicavelmente”, deixou de apresentar projetos ao governo federal e de obter recursos. “Vamos lançar o PAC [Programa de Aceleração de Crescimento] São Paulo”. O prefeito não divulgou o valor total da verba, mas disse que serão investimentos em transporte público coletivo (corredores de ônibus) e habitação.

Avaliação – Ao comentar a queda na avaliação de sua gestão após a série de protestos, Haddad disse ainda que a cidade “é um cemitério político” e que outros governantes também foram atingidos. “Todo prefeito de São Paulo envelhece muito rápido. Se você pegar o histórico dos anteriores, você vai ver que a situação não muda muito com ou sem protestos. É uma cidade difícil. Outro dia eu dizia que entendia São Paulo como um cemitério político. Nunca via alguém sair de São Paulo maior”, afirmou.

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