Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Filho de Paulinho da Força deixa cargo no governo de SP

Saída do coordenador de gabinete paralelo do PDT foi confirmada pela Secretaria de Estado do Trabalho. Mais cedo, governador Geraldo Alckmin disse não ver irregularidade na atuação de Alexandre Pereira da Silva

Por Carolina Freitas
18 jul 2012, 16h50

Após ser apontado como coordenador de um gabinete paralelo do PDT dentro do governo de São Paulo, Alexandre Pereira da Silva pediu demissão. Ele é filho do deputado federal e candidato do PDT à prefeitura da capital, Paulinho da Força, e assumiu informalmente o cargo de coordenador de Operações da Secretaria de Estado de Trabalho num momento de aproximação entre o PDT e o PSDB. A demissão de Alexandre foi confirmada na tarde desta quarta-feira pela própria Secretaria de Trabalho. Apesar de prestar serviços para a pasta ele era contratado pela Fundação para o Desenvolvimento das Artes e da Comunicação (Fundac), que mantém acordo com a secretaria. Mais cedo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou não ver qualquer irregularidade na atuação de Alexandre na Secretaria de Trabalho. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo desta quarta-feira, apesar de não ser contratado pelo governo, Alexandre montou um gabinete paralelo e é tratado como coordenador de Operações da Secretaria de Trabalho. A sala dele fica dentro de um prédio da administração estadual. “Não tem nenhuma irregularidade. Ele é funcionário contratado pela fundação que presta serviço para nós exatamente para fazer esse trabalho: cuidar de políticas públicas voltadas para emprego e renda”, afirmou o governador Geraldo Alckmin. “Ele ajuda, assessora, não tem nenhum problema.” Questionado sobre o fato de haver na estrutura da secretaria uma outra pessoa, servidor de carreira, ocupando o cargo de coordenador, Alckmin, mais uma vez, esquivou-se de responder. “Não vejo nenhum problema de você ter uma pessoa que é contratada, recebe e trabalha”, disse Alckmin. Ainda assim, o governador disse ter acionado a Casa Civil e a Corregedoria-Geral da Administração para que busquem mais detalhes sobre o caso. Paulinho da Força reagiu com irritação à denúncia. “Não tem nenhuma irregularidade. Ele era funcionário terceirizado da secretaria. Só por ser meu filho não pode trabalhar”, afirmou após evento de campanha na capital. “Ele não agia como coordenador.” O candidato negou qualquer tipo de acordo com o PSDB para apoiar a reeleição de Alckmin em 2014. Segundo Paulinho, o governador convidou o PDT para o comando da Secretaria de Trabalho e, por ser ele presidente da sigla, indicou Carlos Ortiz. Gabinete paralelo – Alexandre Pereira da Silva comandava um escritório paralelo na Secretaria de Estado do Trabalho, controlada por pedetistas. No local, recebia prefeitos, decide sobre aplicação de recursos e toma decisões institucionais sem que tivesse sido nomeado oficialmente para exercer a função. Chefe informal da Coordenadoria de Operações desde março, quando o sindicalista Carlos Ortiz assumiu a secretaria por indicação de Paulinho, Alexandre, de 32 anos, era responsável por uma rede de 243 Postos de Atendimento ao Trabalhador, os PATs. Criados em parcerias com as prefeituras, esses postos são importantes vitrines eleitorais no interior. Oferecem serviços como habilitação ao seguro-desemprego, emissão de carteira de trabalho e qualificação profissional. Os PATs movimentaram cerca de 10 milhões de reais em 2011. No papel, quem aparece como coordenador de Operações da pasta é Marcos Akamine Wolff, um funcionário de carreira sem ligações com o PDT. Questionado sobre a atuação de Alexandre, Marcos disse que “ele é um assessor do secretário” e que “presta assessoria à sua coordenadoria”. (Com Agência Estado)

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.