Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Família de mulher morta no Alemão vai deixar o Rio

Viúvo de Arlinda Bezerra das Chagas decide abandonar a cidade, com medo da guerra do tráfico. Bandidos atacaram UPP na noite de domingo

Por Da Redação
28 abr 2014, 13h06

Antes da ocupação de favelas do Rio pela polícia, uma triste repetição de despedidas marcava os bairros violentos da cidade. Eram as famílias expulsas do Rio com medo dos tiroteios, assaltos e assassinatos, geralmente traumatizadas pela perda de algum parente. Veio a “pacificação”, e a convicção de que houve uma redução da criminalidade deu alguma tranquilidade aos cariocas. Com a volta dos tiroteios, algumas fugas são inevitáveis. A família da aposentada Arlinda Bezerra das Chagas, de 72 anos, que morreu baleada na de domingo, no Complexo do Alemão, decidiu deixar a cidade, como medida extrema para se afastar da guerra do tráfico.

Segundo o viúvo de Dona Dalva, como Arlinda era conhecida, a família pretende retornar para o Rio Grande do Norte, de onde ele e a esposa saíram havia 52 anos para tentar uma vida melhor no Rio. Desde então, o casal que tem um filho e duas netas, mora no Alemão.

“A gente estava comemorando os 72 anos dela, completados na quarta-feira. Ela saiu de casa para deixar o sobrinho de 10 anos na casa da irmã, escutamos muitos tiros e descobrimos que ela morreu. Agora estou sem rumo. Se fosse tomar alguma providência, viraria bandido. Vou deixar com a justiça divina”, afirmou o viúvo, que pretende retornar para a cidade de Currais Novos (RN).

A nora de Dona Dalva, Maria Francisca de Assis, de 44 anos, foi a primeira a encontrá-la baleada. “Ouvi os gritos me chamando. Quando cheguei, ouvi o pedido: ‘Não me deixe morrer, por favor’. Ela estava perdendo muito sangue”, contou.

Ao lado da corpo os moradores encontraram duas cápsulas, que seriam de pistola 0.40, que serão entregues à Polícia Civil. O beco Vila Vítor, local do crime, permanecia com poças de sangue até as 11h desta segunda-feira. Moradores disseram que a perícia ainda não havia sido feita no local. O caso é investigado pela Divisão de Homicídios.

Continua após a publicidade

Em nota, a Coordenadora de Polícia Pacificadora da Polícia Militar (PM) informou que policiais realizavam patrulhamento por volta das 18h de domingo quando foram atacados por traficantes armados. Houve confronto. Arlinda foi baleada e socorrida pelo motorista de uma Kombi, que a levou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região. O tiroteio prosseguiu, com bandidos disparando contra a UPP do local. Na noite de domingo, moradores realizaram um protesto à noite na parte baixa do complexo de favelas.

Leia também:

Suspeito de matar subcomandante de UPP é preso

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.