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Família de jovem vítima de estupro coletivo no Rio dispensa advogada

Garota de 16 anos aderiu ao Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, segundo defensora

Por Da Redação
29 Maio 2016, 20h57

A família da jovem de 16 anos violentada no Morro da Barão, zona oeste do Rio, decidiu dispensar a advogada Eloísa Samy Santiago, que defendia a adolescente no caso. Eloísa foi informada da decisão pela avó da adolescente, numa mensagem de áudio via celular, informou a advogada na noite deste domingo. Segundo Eloísa, a família também informou que aderiu ao Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, em parceria com o governo federal.

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A advogada se disse “aliviada” com a decisão da família, porque estava conduzindo o trabalho sozinha, e demonstrou confiança nos órgãos do Estado, como o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a Defensoria Pública. “A Defensoria tem os melhores advogados do País”, disse Eloísa, elogiando, sobretudo, os profissionais que trabalham com direitos humanos. Mesmo fora do caso, a advogada comemorou a decisão deste domingo da Polícia Civil de passar a coordenação da investigação sobre o crime para a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), comandada pela delegada Cristiana Bento.

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Em nota, a polícia informou que a transferência do inquérito “visa a evidenciar o caráter protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho”. Cristina já acompanhava o caso, mas não era a responsável direta pela investigação. “A Delegada Cristiana está analisando as provas colhidas até o momento no inquérito policial, incluindo depoimentos e outras diligências realizadas pela Polícia Civil, definindo os próximos passos da investigação”, diz comunicado.

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A mudança havia sido requerida por Eloísa e endossada em parecer do Ministério Público. A advogada argumentou que a DRCI não deu o tratamento adequado ao crime de estupro e concentrou-se na investigação da publicação de imagens da vítima nas redes sociais. Além disso, apontou atitude imprópria do delegado titular da DRCI, Alessandro Thiers, durante os depoimentos da jovem. Segundo Eloísa, o delegado questionou se a jovem tinha o hábito de participar de sexo em grupo. Para a advogada, a moça foi constrangida e o delegado não respeitou a condição de uma pessoa vítima de violência sexual. Nos depoimentos, a jovem disse ter sido dopada e atacada por 33 homens armados, em uma casa desconhecida, no Morro da Barão, na Praça Seca, em Jacarepaguá (zona oeste do Rio).

Eloísa encaminhou quatro pedidos ao Ministério Público e à Justiça. A Promotoria concordou com três pleitos, incluindo o desmembramento da investigação para que o estupro seja investigado pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima. O MP concordou com o pedido de investigação da conduta do delegado Alessandro Thiers, mas foi contrário ao afastamento do delegado do caso, também pleiteado por Eloísa Samy. Segundo o MP, o afastamento depende de decisão da administração estadual e do comando da Polícia Civil.

(Com Estadão Conteúdo)

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