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Dilma se afasta do projeto petista de censura à imprensa

Presidente rejeita a ideia de controlar os veículos de comunicação - e teme que o projeto defendido no partido afaste do governo o apoio da classe média

Por Da Redação
6 set 2011, 08h12

A presidente Dilma Rousseff quer distância da proposta aprovada no fim de semana pelo PT que trata sobre a regulamentação da imprensa. De acordo com informações dos bastidores do Palácio do Planalto, a presidente, além de repudiar por princípio, teme que as propostas que emergiram do 4.º Congresso Extraordinário do PT, realizado em Brasília, minem o apoio conquistado na classe média. “É importante separar a posição do partido da posição do governo”, resumiu na segunda-feira o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

A posição de Dilma sobre os meios de comunicação é a mesma que ela sempre manifestou, seja durante a campanha, seja depois de eleita, disse um de seus auxiliares. Nas suas várias declarações sobre o tema, a presidente disse que o único controle de mídia que ela leva em consideração é o controle remoto, para mudar de programa na TV. “Não conheço outro tipo”, repete sempre que alguém fala do assunto.

Ainda de acordo com informações do Planalto, o governo tem uma agenda que envolve preocupações com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida, além de encontrar formas de proteger o país da crise internacional. Tem ainda de evitar que projetos com aumentos das despesas públicas sejam aprovados pelo Congresso.

Além de não dar importância para a proposta feita pelo PT, Dilma orientou Paulo Bernardo a examinar item por item do projeto sobre a regulamentação da radiodifusão, feito pelo ex-ministro Franklin Martins. Segundo informações do Planalto, Dilma disse ao ministro para ter cuidado com as “cascas de banana” do projeto.

Oposição – A oposição e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criticaram na segunda-feira a proposta petista de regular os veículos de comunicação. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) atacou, da tribuna do Senado, a iniciativa aprovada pelo PT de ressuscitar o marco regulatório da mídia. “É o nome pomposo para um verdadeiro tribunal da inquisição da comunicação que os petistas querem implantar.”

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O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, considerou “assustadora” a proposta aprovada pelo PT para regular a imprensa. “Assusta, porque falar em democracia é falar em liberdade de imprensa e liberdade de expressão. Não há democracia sem uma imprensa livre”, afirmou. “A partir do momento em que se colocam alguns tipos de restrições, como quer o PT, à imprensa e à sua concepção e ao poder de formulação e de questionamento de cada jornalista, é algo que representa uma restrição à determinação constitucional de que a imprensa é livre neste país”, argumentou Ophir.

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Muito bem! O PT escreveu a sua longa e mistificadora resolução. Lá está, sim, a crítica violenta e boçal à liberdade de imprensa, mas com um certo apelo ao futuro. O partido quer a “mobilização da sociedade”. Em vez daquele tom de ameaça e de confronto que chegou a ser anunciado, há um certo sotaque catequista, que apela por um novo “marco regulatório”, em nome da “democratização”. A maçaroca de críticas que lá vai já é de todos conhecida. Se não mudou de idéia – e não consta que tenha mudado -, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) já deixou claro que o proposta de Franklin Martins, ex-ministro da Supressão da Verdade, está aposentada.

(Com Agência Estado)

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